Por Carlos Eden Meira
Um dos piores momentos da
história do Congresso Nacional, foi a atitude parcial do presidente da Câmara
Hugo Mota, ao permitir que o deputado Glauber Braga do PSL, fosse
retirado à força, da mesa que o referido deputado teimava em desocupar, em
protesto contra a redução de penas dos militantes golpistas que tentaram tomar
o poder naquele oito de janeiro, contando com o apoio de militares, inclusive,
com irrestrito apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Foi uma medida claramente
parcial, já que Hugo Mota não tomou nenhuma atitude semelhante quando
deputados da direita golpista ocuparam toda a mesa durante horas. Como se não
bastasse, a polícia legislativa retirou todos repórteres que faziam a cobertura
do evento. Um claro sinal de que a sombra da ditadura militar ainda paira sobre
as nossas instituições, infelizmente. Alegando estar agindo dentro do protocolo
exigido pelos estatutos internos da Câmara.
Ainda que seja um direito do
presidente da Câmara, acionar a polícia legislativa para interromper o tumulto,
foi uma atitude que demonstrou sua parcialidade. É inadmissível que ainda haja
esse saudosismo fascistoide numa instituição que só existe, porque
estamos num regime de plena democracia. Se estivéssemos em uma ditadura,
o Congresso estaria fechado.
O movimento golpista do oito de janeiro foi uma réplica do que ocorreu nos EUA, com total apoio de Donald Trump. O incidente aqui, foi tão revoltante quanto o dos EUA. Um desrespeito total à soberania do nosso Presidente da República, quando um enorme grupo de fanáticos robotizados, quebraram peças históricas no Palácio do Planalto depredaram vários locais do Congresso que deveriam ser intocáveis, como um acervo de um museu histórico. A certeza da impunidade foi tamanha, que os baderneiros nem se preocupavam com as câmeras que filmavam aquela lamentável canalhice. Triste Brasil!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário