Enxurrada arrastou carros pelas ruas estreitas de Sedavi, na região de Valência. (Foto Reprodução).
Chuvas torrenciais causaram estragos no sul e leste do país, e autoridades ainda buscam por desaparecidos. Na região de Valência, choveu em oito horas mais que nos últimos 20 meses. Autoridades espanholas atualizaram na sexta-feira (01/11) para 205 o número de mortos nas inundações-relâmpago que devastaram o leste do país no início da semana. O saldo de vítimas do pior desastre natural na história recente da Espanha aumenta à medida que os serviços de resgate avançam por áreas arrasadas pelas chuvas torrenciais que caíram entre a terça e a quarta-feira. Na região de Valência, onde há 202 mortes confirmadas, a força da enxurrada arrastou carros, árvores e destroços de casas e comércios pelas ruas cobertas de lama. Pontes também foram destruídas e algumas estradas estão intransitáveis. A polícia e os serviços de resgate usaram helicópteros para retirar pessoas de casas e carros.
Ainda não se sabe quantas pessoas estão desaparecidas.
“Infelizmente há pessoas mortas dentro de alguns veículos”, afirmou na manhã desta quinta-feira o ministro espanhol dos Transportes, Óscar Puente.
“Estamos diante de uma situação muito difícil”, disse na quarta-feira o ministro de Políticas Territoriais, Angél Víctor Torres. “O fato de que não podemos dizer o número de pessoas desaparecidas indica a magnitude da tragédia.” O governo da Espanha declarou três dias de luto oficial, a começar na quinta-feira. “Vi corpos flutuando” O soldador Luís Sánchez disse à agência de notícias Associated Press que salvou várias pessoas presas em seus carros em uma rodovia ao sul da cidade de Valência que foi rapidamente inundada. “Vi corpos flutuando. Gritei, mas nada”, afirmou. “Os bombeiros tiraram os idosos primeiro, quando conseguiam entrar. Sou daqui de perto, então tentei ajudar e resgatar as pessoas. Havia gente chorando por toda parte, estavam presas.” (Ari Moura)
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