Randulfo Marques da Silva, filho de Zezinho dos Laços e sua neta Lina Mara Silva Matos com 5 meses de idade.
No ano de 1970, as águas do Rio de Contas, que foram
represadas depois da construção da Barragem de Pedras cobriram o povoado de
Porto Alegre, distrito de Maracás. As famílias que ali residiam a Companhia
Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) indenizaram e foram habitar em cidades
da região. Meu avô Randulfo Marques da Silva, filho de Zezinho dos Laços,
morador antigo que também residia na localidade veio em 1967 com sua filha
Eulália e Roque, jovem criado pela família morar na Av. Santa Luzia em Jequié - BA.
Em seguida, com a chegada de sua filha Laura, seu genro Almerindo, sua neta
Regina e Sebastiana, jovem por eles criada foram residir na Av. Rio Branco, pois
ficava próximo da casa de sua filha Maria Letícia, que já residia em Jequié com
seus netos Charles, Tomaz e Marli. Em 1974, aproximadamente, Randulfo faleceu.
Estes relatos iniciais sobre a família Marques são para
contar que mesmo tendo na época 20 anos de idade, Charles Meira não ficou sabendo que seu
avô era filho de José Marques da Silva, o famoso Zezinho dos Laços.
Hoje com 68 anos de idade está contente por saber de toda a
história, porém preferia ter ouvido estes fatos da própria boca
dele. Acredita que teria informações mais precisas e contadas de formas
diferentes das que ficou sabendo através do seu tio Osmar Marque da Silva e nos diversos
livros que foram publicados.
Recentemente Charles Meira conversou com suas primas e netas de Randulfo, Marli e Regina, sobre o porquê de não ficar sabendo da história como queria, porém não conseguiu explicacão, pois também não tiveram este privilégio. Por telefone depois falou também com a sobrinha de Randulfo, Idália Marque da Silva, pessoa da família que Charles Meira teve o prazer de na adolescência por várias vezes visitar quando seus pais estavam vivos e que segundo ela não gostavam de falar do assunto. Idália contribuiu para enriquecer a história dando para Charles Meira várias fotos inéditas do seu avô Zezinho dos Laços, entretanto, sobre sua curiosidade não conseguiu informações.
Este assunto deixou marcas profundas, mágoas e tristeza aos
familiares, que segundo as pessoas contactadas foram alguns dos motivos deles
preferirem ficar o máximo possível calados.
A pessoa privilegiada foi seu filho Osmar Marques da Silva,
que morava em Feira de Santana - BA e sempre quando visitava seu pai Randulfo em Porto Alegre e depois
em Jequié, ficou sabendo da história, pois era uma pessoa que merecia confiança.
Contudo, mesmo não ficando conhecedor dos fatos da maneira
que gostaria não pode reclamar, pois foi o escolhido do seu tio Osmar para passar
adiante os relatos desta contagiante e outras histórias, que Charles Meira escreveu no livro “Fazenda Rochedo a Tocaia”.
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