sábado, 23 de julho de 2022

Roque Lui tocando Tumbadora no "Show Clarpt N* Último" em 1974.

Charles Meira, cantado a música 
Al Capone (Raul Seixa/Paulo Coelho), Gatinha atrás no Baixo e do lado direito Roque que era vocal do Conjunto Embalo 4, no evento tocando Tumbadora.

Tomaz, Charles, Artiludo, Luiz e Rafael (conponentes do Grupo Clartp, cantando no 

"Show Clarpt N* Último" no auditório do 

Instituto de Educação Régis Pachêco em 1974.

Ingresso do "Show Clarpt N* Último".

Ontem, 23/05/2022, quando colocava uma matéria no meu blog  sobre a morte de Roque Lui, lembrei que ele havia participado também do "Show Clarpt N* Último", pois era vocal do "Conjunto Embalo 4, que contratamos para acompanhar o repertório do cantado09 pelo Grupo Clarpt.

Hoje pela manhã, confirmei na matéria que tinha escrito em 30 de outubro de 2015 sobre o assunto, e resolvi colocar novamente a parte que cita o nome de Roque, homenageando este que foi um grande músico de Jequié.

"Foi então que no ano de 1974 surgiu a ideia de fazer o Show Clarpt Número Último. Numa dessas reuniões cada um de nós ia citando as coisas que precisavam ser feitas: “Tem que fazer os cartazes” dizia alguém. “Nego faz”, todos respondiam. “Precisa arranjar patrocínio” falava outro. “Nego arranja”, todos repetiam. “Tem que pintar as faixas”, alguém acrescentava. “Nego pinta” repetiam os demais. E assim a coisa prosseguiu até que Artiludo se levantou revoltado e disse o seguinte: “Eu estou desconfiado que nego sou eu. Porque tudo nego faz, nego arranja, nego pinta e sempre quem acaba fazendo sou eu... Assim não dá”. Todos caíram na gargalhada e no final acabamos entrando num acordo sobre dividir as tarefas. O show foi algo diferente de tudo que acontecia no momento. Inicialmente contratamos a Banda Embalo 4, considerada uma das melhores da região para acompanhar o repertório, que tinha a seguinte a formação: Gazo, Guitarra; Boca, Bateria; Roque, vocal; Haroldo, vocal; Gatinha, baixo; Raimundo, vocal; Socó, sax e Tonhe, teclado. Por vários meses ensaiamos numa casa na Avenida Rio Branca próxima a Praça do Viveiro. Convidamos também o Cenógrafo e membro do grupo Agenor Oliveira Filho para decorar o palco do auditório, onde seria realizado o show. Usando bastante criatividade, Agenor montou e ornamentou o local. No fundo, engradados retangulares bem altos e forrados com tecidos coloridos. Na parte da frente foram colocadas cinco caixas de papelão, grandes e decoradas. Ficou muito bonito. A programação começou com o auditório lotado. Como fundo musical, o início da música “Jesus Superstar”. A cortina foi aberta, luzes de várias cores e, como surpresa, os componentes do grupo surgiram sem camisa de dentro das caixas ali colocadas. Durante a programação, as vestimentas eram trocadas de acordo com o tema de cada música de um repertório bem diversificado e atual. Foram apresentadas as seguintes músicas: Filhos de Gandhi (Gilberto Gil); Cachorro Urubu (Raul Seixas/Paulo Coelho); Terremoto (João Donato/Paulo C. Pinheiro); O Que Falta em Você (Pedro/Luiz); Pois é seu Zé (Luiz Gonzaga Junior); Iansã (Gilberto Gil/Caetano Veloso); O relógio Quebrou (Jorge Mautner); Semi-revelação da Humanidade (Artiludo); Pot-pourri – Al Capone (Raul Seixa/Paulo Coelho) e Pif-paf (Luiz Meira); Tua Presença Morena (Caetano Veloso); Pot-pourri (Ser ou não Ser (Luiz/Rafael) e Maracatu Atômico (Jorge Mautner/Jacobina); Tatuagem (Chico Buarque/Rui Guerra); Pesadelo (M. Tapajós/Paulo C. Pinheiro); Futuroscopia (Artiludo); Pot-pourri - (Não Existe Pecado, Ao Sul do Equador, Boi Voador, Não Pode e Infermoroso (Tomaz/Luiz); Ladeira da Preguiça (Gilberto Gil); Lama (P. Marques/A. Chaves); Felicidade Foi Embora (Lupicínio Rodrigues); Tu Me Acostumbraste; Pot-pourri – Terra (Edinardo) e Rosa de Hiroshima (Vinícios de Moraes); Pot-pourri – O Sonho Acabou (Gilberto Gil) e Cantiga do Sapo (Jackson do Pandeiro). No final do show o grupo foi elogiado e parabenizado pelos críticos musicais da época e a plateia em geral."

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