sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Pergunta 14 - Blog Certeza da Vitória, entrevista o professor Émerson Pinto de Araújo.

Charles Meira e Émerson Pinto de Araújo

Pergunta 14 – Blog Certeza da Vitória: Como o cidadão Émerson Pinto analisa o crescimento e a diminuição de fieis em algumas religiões.


Émerson Pinto: A sociedade é dinâmica, tudo tem que caminhar para frente, às religiões tem que se adaptarem também. Aquelas que ficam presas justamente a aquele passado, não evoluem, não avançam. Podem seguir a crença, a sua crença própria na religião, mas a maneira de agir varia muito, hoje as gerações são bem diferentes do passado, os costumes são diferentes com a tecnologia. Com a Igreja Católica acontece que a sociedade avança um metro e a igreja apenas um palmo, está havendo este desencontro entre a religião, que fica apegada ao passado. Os evangélicos estão partindo para outra situação diferente, mesmo porque tiveram uma reforma dentro do próprio cristianismo, com o rompimento de Lutero. Com o João Calvino a igreja teve o seu processo de inquisição, Calvino que abriu o espaço para o Presbiterianismo, seguindo de certo modo o princípio da predestinação, porque a igreja defendia no tempo de Santo Agostinho, que o indivíduo já nascia predestinado para alguma coisa, negava o livre arbítrio. Tomaz de Aquino com a sua teologia e outras coisas, criou o livre arbítrio, que a igreja vem seguindo agora. Veja que o Calvinismo em Genebra estava ligado também à doutrina da predestinação, tanto que houve uma inquisição e algumas pessoas foram queimadas. Uma coisa interessante é que mesmo depois de negar o princípio da predestinação durante a ocupação da Península Ibérica, os muçulmanos ficaram lá sete séculos. Depois de tudo isso, a influência foi tão grande que muitos católicos hoje continuam dizendo que fulano não morreu, porque não chegou o dia, isso é predestinação e não livre arbítrio. Sou um católico relapso, missa vou de vez em quando. Fui batizado e casei na igreja católica, porém sou Cartesiano, antidogmático e também nas ciências humanas me oponho aos pressupostos, gosto de ir a fundo às raízes para saber como são as coisas, gosto de estudar. Quanto a Cristo foi uma figura marcante, tanto que já se passaram mais de dois mil anos e ele continua influenciando toda a humanidade. As pessoas não devem ficar em cima do muro, tem que formar uma posição. Pilatos no momento de tomar uma decisão preferiu lavar as mãos e passados mais de dois mil anos suas mãos continuam sujas. Dentre alguns Pentecostais e Evangélicos não existe uma formação para pastores, são pegos de qualquer maneira, não tem uma formação cultural, incorrendo nestes erros, falhas. Para ministrar a palavra de Deus responsavelmente tem que conhecer o que está pregando, porém muitos não têm uma cultura especializada. É preciso primeiro ter uma cultura geral para não ficar bitolado, tem que ter uma cultura geral para depois se especializar. Estes pastores que surgem de qualquer maneira interpretam a Bíblia da maneira deles, são muito apegados aos metais, o dinheiro, com raras exceções. Dizem por ai, que a melhor coisa hoje é abrir uma igreja. Meu pregador predileto foi Carlos Dubois, basta dizer que alguns alunos de Jequié, quando não tinham o segundo grau, iam estudar no Colégio Taylor Egídio em Jaguaquara – BA. Por este motivo, Carlos Dubois e sua esposa Estelinha prestaram uma homenagem a alguém de Jequié, e como estava dirigindo o Instituto de Educação Régis Pacheco (IERP) naquele tempo, fui convidado para ser o paraninfo da turma. Edésio Chequer também é um bom pregador e tenho uma boa aproximação, pois foi meu aluno.




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