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Charles Meira e Émerson Pinto de Araújo |
Pergunta 14 – Blog Certeza da Vitória:
Como o cidadão Émerson Pinto analisa o crescimento e a diminuição de fieis em
algumas religiões.
Émerson
Pinto: A sociedade é dinâmica, tudo tem que caminhar para frente, às religiões tem
que se adaptarem também. Aquelas que ficam presas justamente a aquele passado,
não evoluem, não avançam. Podem seguir a crença, a sua crença própria na
religião, mas a maneira de agir varia muito, hoje as gerações são bem
diferentes do passado, os costumes são diferentes com a tecnologia. Com a
Igreja Católica acontece que a sociedade avança um metro e a igreja apenas um
palmo, está havendo este desencontro entre a religião, que fica apegada ao passado.
Os evangélicos estão partindo para outra situação diferente, mesmo porque tiveram
uma reforma dentro do próprio cristianismo, com o rompimento de Lutero. Com o
João Calvino a igreja teve o seu processo de inquisição, Calvino que abriu o espaço
para o Presbiterianismo, seguindo de certo modo o princípio da predestinação,
porque a igreja defendia no tempo de Santo Agostinho, que o indivíduo já nascia
predestinado para alguma coisa, negava o livre arbítrio. Tomaz de Aquino com a
sua teologia e outras coisas, criou o livre arbítrio, que a igreja vem seguindo
agora. Veja que o Calvinismo em Genebra estava ligado também à doutrina da
predestinação, tanto que houve uma inquisição e algumas pessoas foram
queimadas. Uma coisa interessante é que mesmo depois de negar o princípio da
predestinação durante a ocupação da Península Ibérica, os muçulmanos ficaram lá
sete séculos. Depois de tudo isso, a influência foi tão grande que muitos
católicos hoje continuam dizendo que fulano não morreu, porque não chegou o
dia, isso é predestinação e não livre arbítrio. Sou um católico relapso, missa vou
de vez em quando. Fui batizado e casei na igreja católica, porém sou
Cartesiano, antidogmático e também nas ciências humanas me oponho aos
pressupostos, gosto de ir a fundo às raízes para saber como são as coisas,
gosto de estudar. Quanto a Cristo foi uma figura marcante, tanto que já se
passaram mais de dois mil anos e ele continua influenciando toda a humanidade.
As pessoas não devem ficar em cima do muro, tem que formar uma posição. Pilatos
no momento de tomar uma decisão preferiu lavar as mãos e passados mais de dois
mil anos suas mãos continuam sujas. Dentre alguns Pentecostais e Evangélicos
não existe uma formação para pastores, são pegos de qualquer maneira, não tem
uma formação cultural, incorrendo nestes erros, falhas. Para ministrar a
palavra de Deus responsavelmente tem que conhecer o que está pregando, porém
muitos não têm uma cultura especializada. É preciso primeiro ter uma cultura
geral para não ficar bitolado, tem que ter uma cultura geral para depois se
especializar. Estes pastores que surgem de qualquer maneira interpretam a
Bíblia da maneira deles, são muito apegados aos metais, o dinheiro, com raras
exceções. Dizem por ai, que a melhor coisa hoje é abrir uma igreja. Meu
pregador predileto foi Carlos Dubois,
basta dizer que alguns alunos de Jequié, quando não tinham o segundo grau, iam
estudar no Colégio Taylor Egídio em Jaguaquara – BA. Por este motivo, Carlos
Dubois e sua esposa Estelinha prestaram uma homenagem a alguém de Jequié, e
como estava dirigindo o Instituto de Educação Régis Pacheco (IERP) naquele
tempo, fui convidado para ser o paraninfo da turma. Edésio Chequer também é um
bom pregador e tenho uma boa aproximação, pois foi meu aluno.
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