Pintura como era o Casarão da Família Cel João Sá "Manoel de
Chico"
Jeremoabo assiste, há anos, à destruição silenciosa de patrimônios
históricos de grande relevância cultural, diante da omissão de representantes
dos poderes Executivo e Legislativo do Município. Bens que guardam a memória, a
identidade e a história do povo Jeremoabense vêm sendo deixados ao abandono,
sem ações concretas de preservação, restauração ou proteção legal.
A falta de compromisso e de políticas
públicas eficazes tem permitido que o tempo, o descaso e a negligência apaguem
marcas fundamentais da construção social, religiosa e cultural da cidade. Cada
patrimônio deteriorado representa uma perda irreparável não apenas material,
mas também simbólica, atingindo gerações presentes e futuras.
É inadmissível que gestores e
legisladores, eleitos para defender os interesses da população, continuem
permitindo a destruição de espaços históricos que poderiam ser valorizados como
instrumentos de educação, cultura e turismo. Preservar a história de Jeremoabo
não é um favor, mas um dever institucional e moral.
A sociedade cobra responsabilidade,
ações urgentes e respeito à memória coletiva. Sem a valorização do passado,
compromete-se o futuro e enfraquece-se a identidade de um povo que tem orgulho
de suas raízes.
Abaixo, foto e pinturas de
patrimônios que já não existe mais e, que deixará de existir.
Como era Antes
Frente da casa, hoje em ruínas
Como era Antes
Frente da casa, hoje em ruínas
A destruição de mais um
patrimônio histórico de Jeremoabo, hoje reduzido a ruínas, causa profunda
indignação e tristeza.
Lateral da casa, hoje em ruínas
Trata-se da Casa da família do Cel. João Sá, conhecida
como Fazenda Bela Vista de Brotas, localizada no bairro que carrega
o mesmo nome — um espaço carregado de história, identidade e memória para o
município.
Pintura do antigo Mercado Muncipal na Praça Cel Antônio Lourenço "
Jardim" (Manoel de Chico)
A destruição do antigo Mercado
Municipal, localizado na Praça Coronel Antônio Lourenço,
representa uma das maiores perdas já impostas ao patrimônio histórico e
cultural de Jeremoabo. Não se tratava apenas de um prédio antigo, mas de
uma obra de grande valor arquitetônico, símbolo de uma época em que
a cidade se estruturava como polo comercial, social e cultural da região.
A demolição dos Cajueiros e a lavanderia pública, em
Jeremoabo, representa uma perda profunda para a memória, a história e a vida
cotidiana da comunidade.
Pintura área externa dos Cajueiro "Manoel de Chico"
A Durante muito tempo, aquele espaço foi mais do que um ponto
geográfico: foi um lugar de encontro, sobrevivência e dignidade para
os moradores da sede e dos povoados.
Pintura área interna , Cascata" dos Cajueiro "Manoel de
Chico"
Nos Cajueiros, a população encontrava as águas cristalinas da
Pedra Furada, que serviam para matar a sede, lavar roupas e garantir o
sustento diário de inúmeras famílias.
Primeira Casa de Jeremoabo "Casa das Almeidas", Praça da Matriz
Início das Ruínas
Pintura da antiga entrada da cidade, hoje Praça da Rodoviária "
Manoel de Chico"
Parabenizamos ao saudoso Dr.
Sá, pela visão administrativa quando Prefeito, pelo compromisso
com o desenvolvimento ordenado de Jeremoabo. Ao promover a realocação
de moradores na entrada da cidade, hoje, Conjunto João Paulo II, em uma
área estratégica onde antes funcionava a corrente de controle para entrada e
saída de veículos responsáveis pelo transporte de produtos ligados à economia
do município, Dr. Sá demonstrou planejamento, sensibilidade social e
responsabilidade com o futuro urbano da cidade.
Hoje, só o terreno
Primeira Casa de Jeremoabo "Casa das Almeidas", Praça da
Matriz
Pintura antigo Cemitério N.S. da Conceição "Praça do Forró" (Manuel de Chico)
Hoje, Igreja N.S.da Conceição
Início das Ruínas
A demolição da primeira casa de Jeremoabo, localizada na Praça da
Matriz, marca um capítulo triste na história do município. O imóvel, de grande
valor histórico e simbólico, representava um dos marcos iniciais da formação da
cidade e guardava a memória das primeiras famílias e do desenvolvimento urbano
local.
Hoje, só o terreno
Fundo do terreno
A Fazenda Caritá, patrimônio histórico e símbolo da formação
territorial do sertão, primeira usina de cana de açúcar na Bahia, tendo com
proprietário o Barão de Jeremoabo, vive hoje o triste retrato do abandono e da
destruição. Local que outrora pertenceu a Jeremoabo, berço de inúmeras
comunidades e hoje integrante do município de Sítio do Quinto, a Caritá
carrega em suas paredes, agora em ruínas, capítulos importantes da história
regional.
Pintura antigo Cemitério N.S. da Conceição "Praça do Forró"
(Manuel de Chico)
Hoje, Igreja N.S.da Conceição
IGREJA N.S. DA CONCEIÇÃO: UM TEMPLO
DE FÉ ERGUIDO SOBRE O ANTIGO CEMITÉRIO
Na Praça Dr. Jonas de
Carvalho Gomes, popularmente conhecida como Praça do Forró,
ergue-se a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, um dos mais
significativos símbolos religiosos e históricos de Jeremoabo.
A Casa da Cultura,
símbolo da memória e da identidade de Jeremoabo, com seus belíssimos azulejos
portugueses, encontra-se hoje praticamente desativada para visitação.
Um espaço que deveria preservar e contar a história do município permanece
fechado ao olhar da população e dos visitantes, impedindo o acesso às riquezas
culturais, documentos e relatos que formam a trajetória do povo jeremoabense.
Mesmo após a desativação da delegacia, ocorrida em razão da
transferência para seu próprio prédio, o antigo espaço permanece
ocioso desde a gestão anterior. Trata-se de um imóvel público que poderia
ganhar nova vida e utilidade, a exemplo de sua transformação em um
espaço cultural, voltado à memória, à arte e às manifestações populares.
Manter o local sem uso representa desperdício de patrimônio e de oportunidades
para a comunidade, que carece de ambientes destinados à cultura, à educação e à
valorização da identidade local.
O Mercado Municipal foi, por muitos anos, um
verdadeiro palco de festas do povo, onde a alegria tomava conta nas
celebrações do Natal, São João, Semana Santa e Réveillon. Era ali
que o povo se encontrava, dançava, confraternizava e mantinha vivas as
tradições que marcaram gerações. Hoje, essa história de encontros e festejos
ficou apenas na memória, pois a tradição foi esquecida, e o espaço já não
cumpre o papel cultural e social que um dia teve.
Este imóvel localizado em frente à antiga delegacia foi, por
muito tempo, o espaço destinado aos artesãos, onde talento,
criatividade e identidade cultural eram expostos à população. Com o passar do
tempo, o local foi desativado e passou a servir a um órgão do
Estado, deixando os artesãos sem um ponto fixo para apresentar e comercializar
suas artes. Até hoje, a categoria cobra do poder público um espaço digno,
que valorize o trabalho manual, preserve a cultura local e reconheça a
importância dos artesãos para a história e a economia do município.