J. B. Pessoa.
No
início dos anos 60, um filme produzido em 1958, pela Hammer Film, fez um
estrondoso sucesso no saudoso Cine Bomfim. Esse fato veio a provocar discussões
entre a meninada da época, se vampiros existiam ou não. Foi aí, então, que a
rapaziada relembrou uma boatice antiga e idiota, já esquecida pela população
jequieense.
Havia,
no início dos anos de 1950, um boato que amedrontava a meninada da época. Era o
famoso "pegador de meninos". Essa estória, cheia de invencionices, em
que um sinistro indivíduo sangrava crianças, extraindo todo o seu sangue, para
regar uma sepultura no cemitério da cidade, a qual pertencia a um finado e
respeitado cidadão jequieense, acabou sendo espalhada por toda a cidade.
Esse
boato transforma-se em uma lenda, tempos depois, quando um certo sujeito
vestiu-se de preto e, usando uma capa colonial, começou a aparecer no muro do
cemitério, para assombrar os moradores das adjacências, ficando conhecido como
o "Vampiro de Jequié"!
Em
certa ocasião, depois de muitas peripécias, o sujeito escapou de ser linchado,
quando foi agarrado por um grupo de pessoas destemidas; salvando-se, depois de
haver tomado muitas pancadas, com a chegada da polícia, que o levou para a
prisão.
O
boato e lenda, segundo consta, é originado de um fato verdadeiro. Uma criança
apareceu morta, sem nenhuma gota de sangue em seu corpo. Os jornais jequieenses
da época noticiaram o fato, que continua um mistério, até os dias atuais.
Os
comentários boateiros, que foram agregados ao finado cidadão, se devia ao fato
de seu cadáver não ter entrado no processo de decomposição natural, devido aos
remédios que tomava em vida, os quais eram ministrados pelos médicos. Devido a
ignorância popular, sua memória continua sendo associada aos boatos, que foram
transformandos em lendas, pelo tempo.
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