J. B. Pessoa
A
família é a célula mater da sociedade humana. A sua organização deriva de
tempos primitivos, após o elo perdido entre o homo sapiens e os demais
primatas.
Da família,
que era matriarcal, pois se ignorava o papel masculino na concepção, sugiu os
clãs, formada em torno da mãe, a qual chefiava o marido, juntamente com os
filhos, netos, bisnetos, trinetos, que refericiavam a velha genitora, obedecida
como uma autoridade divina, cujo poder era emanado pela Deusa Mãe de toda a
humanidade, surgindo, daí, às primeiras religiões, nascidas de percepções e
orientações mediúnicas das anciãs matriarcais.
Com a
lenta evolução agrícola, a sociedade humana, de nômade foi tornando-se
sedentária, progressivamente. Os clãs foram se juntando, aparecendo as
primeiras tribos, formando as primeiras aldeias, que geraram as sementes do
Estado Primitivo.
Com o
sedentarismo e agricultura em desenvolvimento surgiu a necessidade de defesa. A
partir dessa fase, o gênero masculino foi se destacando e, por força das
circunstâncias, a sociedade foi se tornando patriarcal, gradativamente.
As
primeiras civilizações nasceram às margens dos grandes rios, como a Egípcia e a
Indiana. Segundo os historiadores, a primeira foi entre os rios Tigre e
Eufrates, que ficou conhecida como Mesopotâmica. Os seus primeiros habitantes
foram sucedidos pelos Sumérios. Nessa fase, já se conhecia o uso da roda e dos
metais. O aparecimento da escrita determinou o inicio da História.
As
civilizações foram sendo geminadas por toda a Terra, formando seus conceitos
econômicos, artísticos, sociais, religiosos e aparecendo os primeiros sistemas
de governos. Foram em torno das cidades, que nasceu o Estado propriamente dito,
os quais agregaram os povos das mesmas origens e nacionalidades.
Na
antiguidade, as cidades estadas foram progredindo, gradativamente. Alguma delas
destacando-se perante outras, quer pela sua cultura ou belicismo. Foi o que
aconteceu com as cidades de Atenas e Esparta, na nação grega. Ambas
influenciaram outras, que surgiram depois. Enquanto Esparta se preocupava com a
guerra, tornando lendários os heroísmos do seu povo, Atenas se destacou nas
artes e literatura, deixando um legado cultural para a posteridade.
Enquanto
diversos povos formaram grandes cidades, reinados ou impérios, um pequeno povo
permanência nômade. Com sua tribo em constantes migrações, um hebreu da cidade
de Ur, da Caldeia mesopotâmica, percorreu todo o Oriente médio e norte da
África. Dos seus descendentes surgiram dois grandes povos, árabes e judeus.
Os
judeus foram responsáveis pela introdução do monoteísmo na humanidade. O seu
livro sagrado afirma que a família tem origem divina, e a sua religião,
conhecida como Judaica-cristã, forneceu as bases religiosas do Mundo Ocidental.
A
cidade, estado mais importante, no mundo ocidental, foi, sem dúvidas, Roma!
Absorvendo valores práticos, políticos e religiosos das que a antecederam,
deixou um imenso legado cultual e jurídico para a humanidade. De uma simples
aldeia, formou uma monarquia; vindo depois uma república aristocrática, tendo a
família como base de sua organização e, logo após, tornou-se um gigantesco
império que com a sua queda, foi dominada pela Igreja, com o cristianismo em
expansão, influenciando.
O
mundo inteiro.
Após
o Concílio de Nicéia em 325 AD, criando a Igreja Católica Romana e,
simultaneamente, com a invasão de diversos povos bárbaros, sendo convertidos ao
cristianismo, a Igreja dominou o mundo ocidental, adotando a visão platônica em
sua administração política e religiosa.
As
migrações bárbaras influenciou a Igreja em suas diretrizes, determinou o fim da
antiguidade e começo da Idade Média em todo o ocidente. As cidades perderam a
importância, o feudalismo prevaleceu, e o sistema escravista foi substituído
pelo servilismo em toda época medieval.
Durante
a idade média houve um declínio profundo nas cidades, prevalecendo os feudos.
As cidades ficaram reduzidas a uma função enfraquecida, decadente e, com isso,
o papel do Estado passou a ser feudal controlado pela Igreja, verdadeira
herdeira do Império Romano, fato que perdurou até o Grande Cisma em 1054,
dividindo a igreja entre os ortodoxos e católicos.
Após
a sua divisão, a Igreja foi sendo enfraquecida e, com a introdução do feudalismo
eclesiástico em seu seio, veio o controle dos senhores feudais e a Igreja foi
sendo corrompida, sistematicamente, forçando uma reforma em toda a sua estrutura.
Veio o humanismo e a renascença, finalizando a era medieval.
A
queda de Constantinopla marcou o início da Idade Moderna e o islamismo
tornou-se dominante no Oriente Médio. Na Europa aconteceu a Reforma e Contra
Reforma da Igreja, surgindo às religiões protestantes.
As
Grandes Navegações deu início à globalização, surgindo os novos mundos. A escravidão
dos povos indígenas e africanos marcou a colonização deles. Veio a Filosofia Iluminista,
que influenciou as revoluções americana e francesa, criando a democracia
moderna, liquidando restos de feudalismo existentes. Aconteceu a neo
colonização africana e asiática e, mais tarde a independência deles, surgindo a
Idade Contemporânea.
Uma
nova filosofia política, denominada socialismo científico, fomentou as
revoluções russas e chinesas, influenciando intelectuais no mundo inteiro. Daí,
então, os conceitos de família, estado e nação foram desvirtuados ao sabor das
ideologias reinantes. Duas grandes guerras mundiais marcou, profundamente, a
população mundial. O crescimento econômico e a péssima destruição de rendas
assinalou o antagonismo entre as classes sociais, surgindo os novos conceitos,
preconceitos e falsos conceitos.
Nos
tempos atuais, os ditames de uma Nova Ordem Mundial, querem destruir os
conceitos de família, nação e estado, os quais foram adquiridos ao longo das
vivências históricas, e estudadas na História da Civilização; tudo isso dentro
de um nilinismo, cruel e desumano.
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