Charles Meira
Depois da morte Marceliano Barros Meira, avô de Charles Meira mais
conhecido como Cely Meira em 19/10/1987, quando tinha 86 anos de idade, a sua
tia Maria de Lurdes, que era tratada carinhosamente de tia Lulu sabendo do seu
gosto pela música mostrou e depois deu para o sobrinho um Bandolim e um
Violino, instrumentos musicais que eram do seu avô e fotos dele tocando o Bandolim
em Curralinho, distrito de Livramento de Nossa Senhora – BA com seus amigos e
dele com o Bandolim, seu amigo José Joaquim dos Santos apelidado de Zé Militão
com o Violino, marceneiro e músico que
conheceu naquela localidade, onde exerceram a profissão de marceneiro e também
juntos tocavam na localidade. Cely Meira conheceu em Curralinho a sua amada
Francisca Alves Meira e ali casaram e tiveram filhos, inclusive José Barros
Meira pai de Charles Meira que nasceu em 1921.
Em seguida Cely foi convidado pelo Major Augusto Meira Castro, seu
Nozinho para retornar para Catingal, hoje distrito de Manoel Vitorino – BA para
fazer e montar o telhado da Igreja Católica do lugarejo. O seu amigo marceneiro
Zé Militão veio com ele e além de fazer o serviço tocavam nas casas de parentes
e amigos em Catingal e na região.
Uma pausa para contar algo mais recente, porém relacionado a mesma
história, quando em certa ocasião Charles Meira postou a foto que sua tia
Lurdes lhe deu no Facebook, retrato que tinha José Joaquim dos Santos com o
Violino, seu avô Marceliano Barros Meira com o Bandolim, acompanhado da esposa
e filhos.
Não demorou e Cruza Meira, filha de Manoel Meira Santos e neta de José
Joaquim dos Santos viu a foto e fez contato com Charles Meira, escrevendo um
belo texto que editei no meu blog com o título: “O valor de uma foto”. No texto
ela conta uma longa história sobre o seu avô, após a visualização da foto
publicada. Creusa em seguida mostrou a foto para seu pai, que disse ter sido
informado da morte dele pelo amigo Cely Meira. Seu Né Meira hoje tem 99 anos de
idade, lúcido, porém não está tocando o Bandolim que aprendeu a tocar com Zé
Militão o seu pai.
O mais interessante para Charles Meira desta toda esta história é alguma
coisa que ficou sabendo somente depois da morte do seu avô. Como aconteceu na
história que contou recentemente sobre o seu avô Randulfo Marques da Silva,
filho de Zezinho dos Laços, semelhantemente aconteceu também nesta história. A
maioria dos familiares sabiam que ele era músico, enquanto seu neto Charles
Meira até antes da sua morte não teve conhecimento do assunto. Seu avô mesmo
sabendo do dom de cantar do neto, tanto em Jequié como também na voz da cidade
e no pasto de gasolina do seu tio Hercules Alves Meira em Manoel Vitorino - BA,
onde via e ouvia o talento de Charles Meira e nunca lhe contou que na juventude
foi músico, tocava Bandolim. Charles Meira infelizmente não teve o privilégio
de saber da boca dele esta parte interessante desta história, que muito
deixaria alegre o neto de Cely Meira.
OBS: O Bandolim e o Violino foram doados por Charles Meira ao Museu Histórico de Jequié.
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