A má qualidade do ar pode comprometer a saúde em diversos sentidos, como o desenvolvimento de doenças pulmonares, cardiovasculares e, até mesmo, o surgimento de cânceres, Doença de Parkinson e de Alzheimer, por exemplo. Dessa forma, o monitoramento dessa é essencial para mensurar a concentração de poluentes na atmosfera. No entanto, esse tipo de acompanhamento fica restrito às regiões metropolitanas, tornando carentes os estudos sobre a qualidade do ar em cidades do interior.
Nesse sentido, o Programa de Pós-Graduação em Química (PGQUI) da Uesb, campus de Jequié, em parceria com a Universidade Federal da Bahia (Ufba), desenvolveu um amostrador de material particulado atmosférico, com baixo custo, para avaliar a concentração de poluentes nos municípios do Sudoeste baiano e identificar a presença de contaminantes potencialmente tóxicos.
“Infelizmente, nas pequenas cidades, longe dos grandes centros urbanos, não existe o adequado monitoramento da qualidade do ar, seja a nível do teor de material particulado na atmosfera ou de metais nesse material particulado. O nosso intuito, na verdade, foi começar a fazer esse monitoramento na região do Sudoeste baiano”, explica o professor Danilo Junqueira, orientador da pesquisa, vinculado ao Departamento de Ciências Exatas e Naturais (DCEN).
O material particulado são substâncias químicas encontradas em suspensão na atmosfera em estado líquido ou sólido. Esse material se forma no ar por meio da junção de substâncias como poeira, material emitido pelo escapamento de veículos, queimadas, dentre outras formas. Assim, é necessário o controle e monitoramento desse material na atmosfera, bem como o estudo da sua composição química para saber se existe ou não alguma substância potencialmente tóxica. “São partículas que, pelo tamanho, ficam suspensas no ar e acabam sendo inaladas pela população no momento da respiração”, sublinha Danilo.
Além disso, o professor salienta que “uma das principais fontes de emissão desse material particulado são os veículos movidos a diesel. Aquela fumaça preta, que sai do escapamento, contribui, significativamente, para o aumento do material particulado na atmosfera, e, muitas vezes, elimina junto metais”, complementa Danilo. (Jequié News)
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