Enéas dirigindo o Jipe amarelo de Toinho de
Miquilino, desfilando com as meninas vestidas de azul, amarelo e braco no Estádio Waldomiro Borges.
Charles Meira resolveu pesquisar sobre o nome “Jipão”, na
tentativa de encontrar uma resposta para os diversos questionado dos torcedores
da Associação Desportiva Jequié, querendo saber porque a torcida grita e canta
atualmente assim nos estádios.
Inicialmente entrevistou Valdemir Santos Oliveira, mais
conhecido por Kauta, componente da torcida “Império Solar”, que relatou ter ficado
sabendo do assunto através de torcedores que acompanharam a trajetória da Seleção
Amadora de Jequié em 1969. Eles contaram para Kauta que na época a equipe não
tinha ônibus, então os jogadores iam para o estádio de Jipe e a Associação
Desportiva Jequié também nos primeiros jogos do Campeonato Baiano de 1970,
usava o jipe para transportar os atletas da concentração para o estádio
Waldomiro Borges.
Waldemir contou em seguida que em 2017, Enéas diretor de Marketing
da Associação Desportiva de Jequié idealizou a entrada no estádio e no
intervalo do jogo desfilar com meninas vestidas com as cores azul, amarelo e
branco em um jipe amarelo dirigido por Enéas, automóvel que pertencia a Toinho
de Miquilino, conselheiro do time na época e depois as meninas iam para a arquibancada
com as “mamãe sacode”, agitando a torcida, que gritava: Jipão, Jipão, dando então
esse nome carinhoso para ao Jequié. Depois disse que a torcida “Império Solar”,
fundada em 2011 também aderiu em conjunto com a “Sol Jequié” criada por Nengo
da charanga e a “Fiel do Jipão”, fundada por Tomas Onefre e massificaram este
grito de guerra do time cantando nos estádios da Bahia, onde o Jequié jogava.
As meninas no Estádio Waldomiro Borges, vestidas de
azul, amartelo e branco.
Posteriormente Charles Meira entrevistou Tomas Onofre,
fundador da torcida “Fiel do Jipão”. Ele conta na entrevista que no final dos
anos 60 o Departamento Nacional de Estrada de Ferro já estava em extinção e
ficava alojado onde hoje é o Tiro de Guerra. Descreveu que o departamento foi
extinto, porém ficaram remanescentes alguns dos seus funcionários como: Pedro
Sabú, Sr. Valdomiro, Sr. Garcez, Sr. Zé Matos e José Laurindo de Onofre, pai de
Tomas. No seu relato conta ainda que neste local tinham os carros que foram
enviados na época para o departamento pelo Exército Brasileiro e entres eles estavam
cinco ou seis Jipes, automóveis usados para os trabalhos que eram executados pelos
funcionários da sucursal e permaneceram em Jequié até 1972.
Disse também que no final de 1960, a Seleção de Jequié era um
time muito forte, imbatível em toda região e que dela quase na sua totalidade os
jogadores foram atuar na equipe da Associação Desportiva Jequié para disputar o
Campeonato Baiano de 1970. Na
continuação prosseguiu falando que segundo informação do seu pai, a Seleção de
Jequié na ocasião realizou viagens nesses Jipes lotados no Departamento
Nacional de Estrada de Ferro para jogar amistosos nas localidades de Boa Nova,
Ipiaú, Santa Inês e outras cidades próximas de Jequié. Discorreu também que seu
pai contou que o genro dele Jorge Lima, jogador do Jequié e os demais atletas eram
levados nos Jipes que estavam lotados no departamento para os treinos e jogos realizados
no estádio Waldomiro Borges.
As meninas no Jipe, vestidas de azul, amarelo e branco no Estádio Waldomiro Borges.
Na continuação, Tomas afirmou que no tempo da participação do
Jequié no Campeonato Baiano da série B de 2017, certame que perdeu para o PFC
Cajazeiras de 1 a 0, ficou na sua mente os gritos do Massagista Foca chamando o
nome Jipão, vamos meu Jipão, jogo este que Onofre estava no lado do
profissional, atuando como repórter de campo para uma rádio da cidade. Na mesma
época ouviu Marcos Cangussu falando: Jipão, Jipão nas transmissões dos jogos
que realizou no final de 2017 na Rádio Cidade e Tomas não sabia de onde o
locutor havia tirado este nome. Prosseguindo disse que teve ainda neste período
a brilhante ideia do diretor Enéas de entrar no estádio Waldomiro Borges dirigindo
um Jipe amarelo de Toinho de Miguilino, levando meninas vertidas de Azul,
Amarelo e Branco, dançando, balançando as “Mamãe Sacode” e após o desfile elas iam
para a arquibancada, onde com a torcida gritava: Jipão, Jipão.
Charles Meira, através destas entrevistas feitas com pessoas
inteiradas no assunto, atende aos pedidos e traz respostas aos questionamentos
dos torcedores da Associação Desportiva Jequié. (Charles Meira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário