O imóvel
particular [na época pertencendo a multinacional Walmart], que funcionou como
residência por muitos anos até ser instalado no local a extinta rede de
supermercados Superlar, posteriormente adquirido pela Prefeitura de Jequié, na
gestão do ex-prefeito Reinaldo Pinheiro (2025-2008), com o propósito consumado
de se transformar na Biblioteca Central Dr. Newton Pinto de Araújo, está bem
próxima de ser lembrada apenas por fotos e imagens de arquivo, além de
povoar por algum tempo não muito longo, a memória e o sentimento de parte da
comunidade [não levada em consideração pelos governantes de plantão], que
subscreveu manifestos públicos, fez protestos, criticou a desativação e
abandono do prédio até, judicialização do propósito inicial da venda, através
de uma ação popular, subscrita pelo advogado Abdjalili Belchote, conseguindo
retardar os prazos então fixados para o prédio ser leiloado. Tudo isso, está
sendo direcionado ao esquecimento dentro de pouco tempo. Com o antigos status
de Biblioteca Municipal de Jequié, o espaço público de pesquisa e leitura
retornou às suas antigas instalações, ironicamente na mesma avenida,
potencialmente, uma das áreas com maior valor no mercado imobiliário comercial
da cidade.
Esvaídas
todas as tentativas de embargo da venda do imóvel para a iniciativa privada,
que conseguiram inclusive retardar o negócio que deve estar caminhando firme
entre os prováveis compradores, a gestão do prefeito Zé Cocá (PP), fará valer
agora, a sua iniciativa de arrecadar com a venda e, direcionar os valores
auferidos, para obras que entende, “mais importantes para o município”,
respaldada pela aprovação da maioria dos integrantes da Câmara de
Vereadores.
A edição
de quinta-feira (13), do Diário Oficial eletrônico publica o edital do
leilão por meio virtual, para 10h do próximo dia 28 de abril, com as regras
para os interessados em adquirir o prédio da antiga Biblioteca Central, a
partir do lance inicial de R$ 6 milhões. Para conhecimento público e dos
interessados, as regras do leilão estão publicadas no sítio eletrônico https://www.hastaleiloes.com.
Concluo o
texto com uma ácida pitada de saudosismo, relembrando o Acabou Chorare, título dado
ao segundo álbum de estúdio do grupo musical brasileiro Novos Baianos,
lançado como Long Play, em 1972, pela gravadora Som Livre.
Quem se
lembra disso?
Texto: Wilson Novaes (Jequié Repórter)
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