quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Moradores de Porto Alegre e povoado do Jacaré reclamam da água.

 

 Mineradora Vanádio Maracás está em operação normal. (Foto Reprodução).

A reportagem deste blog recebeu vários áudios de moradores do distrito de Porto Alegre no municipio de Maracás e moradores do povoado do Jacaré. Eles alegam que foi notado nos últimos dias com a chegada das chuvas uma cor diferente (escura) das águas no rio que corta a região e desemborca na barragem de  Pedras, parecendo ter algum produto com um odor muito forte e mal cheiro. “Moro aqui há vários anos, mas nunca tinha visto nada parecido” – disse um deles, registro feito por outros moradores, afirmando ser uma coisa “estranha”.

Como aconteceu há seis ou sete  anos atrás (2015), moradores de Porto Alegre, informaram que teria ocorrido um vazamento na Mineradora Vanádio de Maracás que fica próximo do distrito, onde caçadores e moradores teriam encontrado um produto escuro, que teria causado mortes de animais pequenos e aves.

A mineradora Vanádio Maracás, acusada por moradores da localidade de Porto Alegre, em Maracás, no Vale do Jiquiriça, de ser a responsável pela morte de animais e plantas na zona rural do município, afirmou em nota que o vazamento de rejeitos no Rio Jacaré, apontado como causa da mortandade, foi causado por um problema mecânico nas bombas que levam para tanques de armazenamento a solução utilizada na produção do minério vanádio.  “O incidente foi provocado por um problema mecânico no filtro e pela queima de 2 bombas responsáveis por bombear a solução do piso para os tanques de armazenamento. Parte da solução transbordou para fora do piso, chegando à drenagem natural através de uma canaleta destinada para águas pluviais. Com o incidente, a operação foi paralisada imediatamente”, explicou a empresa.

Agora moradores alegam que o produto escuro e com mau cheiro chegou ao rio, causando mal estar e deixando todos preocupados. A reportagem deste blog procurou manter contato com uma pessoa da assessoria da Vanádio Maracás, que confirmou ter recebido a reclamação e que na quarta-feira (30.11.) ás 17 horas deve acontecer uma reunião com os moradores e representantes de um órgão oficial da vigilância sanitária para apurar o que estaria acontecendo. Um morador do local disse a reportagem que técnicos estiveram no local onde a água apresentava o problema e teriam feito coletas para serem analisadas, a reportagem manteve contato com uma pessoa ligada ao órgão do estado (Lacem), para saber se tinha algum analise sendo feito, foi dito que desconhecem o problema, que normalmente essas empresas enviam o material para um laboratório no Rio de Janeiro. (Ari Moura)

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