
O
presidente Jair Bolsonaro (PL) autorizou o Ministério da Justiça e Segurança
Pública a nomear até 625 novos policiais rodoviários federais. O Executivo
alega que as contratações se encaixam na exceção da lei eleitoral que permite
contratações no período de campanha em situações necessárias ao
"funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais".
O
governo anunciou que o decreto para liberar a pasta a fazer as nomeações será
publicado no Diário Oficial da União de quinta-feira (6).
"O
ministério ponderou que devido às demandas do período eleitoral e às demandas
das viagens no período de feriados e férias do final de 2022 e início de 2023,
além de outras questões, a não nomeação imediata de pessoal para a PRF
comprometeria o funcionamento inadiável das atividades de segurança pública e
segurança viária", afirmou a assessoria da Secretaria-Geral da Presidência
da República.
Os
nomeados irão concluir o curso de formação nesta quinta. O governo informa que
o número exato de nomeados depende de outros fatores, como possíveis
desistências e reprovações no curso, mas que estão autorizadas até 625 novas
contratações.
Em 30 de
setembro, Bolsonaro já havia autorizado o ministério a nomear até 561 novos
funcionários da Polícia Federal.
As medidas
representam um aceno do mandatário à sua base eleitoral. Com grande penetração
nas forças de segurança, o chefe do Executivo foi criticado por integrantes da
PF e da Polícia Rodoviária Federal por não ter realizado a reestruturação das
carreiras que havia prometido.
Da mesma
forma, o mandatário não previu reajuste salarial para as categorias no próximo
ano.
Ao
sancionar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que dá as bases para a
elaboração do Orçamento de 2023, Bolsonaro rejeitou os trechos que autorizavam
reestruturação e recomposição salarial dessas carreiras, que fazem parte da
base de apoio política do governo.
O
presidente chegou a defender um reajuste maior para as forças policiais
vinculadas à União, mas não levou para frente a ideia. Depois, chegou a falar
em conceder um aumento linear de 5% a todas as categorias, mas também não
concretizou esse planejamento. (Bahia Notícias)
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