sexta-feira, 21 de outubro de 2022

ADJ Líder do Interior: Baianão 71.


O certame baiano de futebol profissional chega ao fim, dando ao Esporte Clube Bahia o título de bicampeão. Não querer neste modesto comentário, analisar a luz da crítica, o campeonato que se finda. Vamos tentar dizer aos leitores, mormente aqueles que são adeptos do futebol, que Jequié através do seu Clube a A. D. J., aos trancos e barrancos, não desmereceu a confiança que lhe depositamos porque, malgrado os dissabores, merece de Deus, chegamos olhado com respeito pelos olhos de todo o Estado, que viu no Fantasma do Sertão, a figura heroica dos pequeninos-fortes a fisionomia dos pequenos-grandes, porque conseguimos lutar a luta desigual, viver no cenário adverso e cometer para muitos, a ousadia de sermos líder do interior.

A Associação Desportiva Jequié passou maus momentos, é verdade. Mas os viveu porque se faziam necessários, como mudanças de técnico de esquema, de táticas enfim, as transformações imprescindíveis para se achar a formula exata, embora esta ainda não tenha sido encontrada.

Mas, queremos agora, como se fossemos abraçar todos os atletas da ADJ, como se pudéssemos agradecer a Enaldo Rodrigues e Maneca Mesquita, e Jonas, aos médicos, enfim a quantos batalharam a mesma batalha, choraram a mesma lágrima e sorriram as mesmas alegrias, vibrando por Jequié, gritando por Jequié, sofrendo por Jequié. De Edmilson a Paím, todos eles merecem a glória da nossa gratidão. Valentes e pacatos, cheios de garra e sentimentos esportivos, eles foram ao “front” da luta e suando a camiseta, e recebendo apupos e vaias, críticas e elogios, conseguiram manter bem alto a bandeira esportiva desta terra.

Vamos agora, lutar encontrar a formula que irá fazer explodir a nossa força, total. No próximo certame, mais evoluídos tecnicamente, mais vividos esportivamente, poderemos nos transformar e vencer a muitos. Quem sabe, talvez almejar a título, embora continuamos a ser pequeninos grão de areia no deserto político-financeiro da Federação. Mas, quando os gols balançarem as redes, com o placar nos dizer que somos fortes, aí então, teremos tudo e todos contra nós, sem dúvidas o incentivo do Jequieense e a nossa fé inabalável na bandeira querida da Cidade Sol. Parabéns moçada da ADJ, parabéns técnico e diretores, como grandes profissionais, vocês souberam cumprir com o seu dever. Jornal. (Jornal Jequié 02/08/1971 - Fonte: Biblioteca Luiz Neves Cotrim do Museu Histórico de Jequié - Material fornecido pelo Museólogo Antônio Varjão Matos).

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