O certame baiano de
futebol profissional chega ao fim, dando ao Esporte Clube Bahia o título de bicampeão.
Não querer neste modesto comentário, analisar a luz da crítica, o campeonato
que se finda. Vamos tentar dizer aos leitores, mormente aqueles que são adeptos
do futebol, que Jequié através do seu Clube a A. D. J., aos trancos e
barrancos, não desmereceu a confiança que lhe depositamos porque, malgrado os
dissabores, merece de Deus, chegamos olhado com respeito pelos olhos de todo o
Estado, que viu no Fantasma do Sertão, a figura heroica dos pequeninos-fortes a
fisionomia dos pequenos-grandes, porque conseguimos lutar a luta desigual,
viver no cenário adverso e cometer para muitos, a ousadia de sermos líder do
interior.
A Associação Desportiva
Jequié passou maus momentos, é verdade. Mas os viveu porque se faziam
necessários, como mudanças de técnico de esquema, de táticas enfim, as
transformações imprescindíveis para se achar a formula exata, embora esta ainda
não tenha sido encontrada.
Mas, queremos agora,
como se fossemos abraçar todos os atletas da ADJ, como se pudéssemos agradecer
a Enaldo Rodrigues e Maneca Mesquita, e Jonas, aos médicos, enfim a quantos
batalharam a mesma batalha, choraram a mesma lágrima e sorriram as mesmas
alegrias, vibrando por Jequié, gritando por Jequié, sofrendo por Jequié. De
Edmilson a Paím, todos eles merecem a glória da nossa gratidão. Valentes e
pacatos, cheios de garra e sentimentos esportivos, eles foram ao “front” da
luta e suando a camiseta, e recebendo apupos e vaias, críticas e elogios,
conseguiram manter bem alto a bandeira esportiva desta terra.
Vamos agora, lutar
encontrar a formula que irá fazer explodir a nossa força, total. No próximo
certame, mais evoluídos tecnicamente, mais vividos esportivamente, poderemos
nos transformar e vencer a muitos. Quem sabe, talvez almejar a título, embora
continuamos a ser pequeninos grão de areia no deserto político-financeiro da
Federação. Mas, quando os gols balançarem as redes, com o placar nos dizer que
somos fortes, aí então, teremos tudo e todos contra nós, sem dúvidas o
incentivo do Jequieense e a nossa fé inabalável na bandeira querida da Cidade Sol.
Parabéns moçada da ADJ, parabéns técnico e diretores, como grandes
profissionais, vocês souberam cumprir com o seu dever. Jornal. (Jornal Jequié 02/08/1971 - Fonte: Biblioteca Luiz Neves Cotrim do Museu
Histórico de Jequié - Material fornecido pelo Museólogo Antônio
Varjão Matos).
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