Ah, quem dera pudéssemos viver aceitando o outro como ele é e sermos
aceitas como realmente somos!
Já fui bonita.
Já fui paciente.
Já fui compreensiva.
Há fui tolerante.
Já tive seios firmes.
Já tive pele de pêssego.
Já tive pernas e curvas definidas.
Hoje estou envelhecendo.
Quero ter o direito de envelhecer livremente sem me importar com as críticas,
as cobranças, sem querer esticar aqui e ali, sem ter que vestir o que agrada
aos olhos do público.
O que mais quero agora, e agradar a mim mesma. É sorrir e me alegrar com tudo.
É colecionar amigas e amigos divertidos e dispostos a sorrir comigo. É viajar
por esse país maravilhoso e viajar nos meus sonhos sem interferências. É me
arrumar do jeito que eu me sinta confortável!
Envelhecer não é lindo. É feio. É problemático. É doloroso.
As doenças na velhice, chegam sem ser queridas ou escolhidas. Mas as alegrias
essas, devem ser provocadas, laçadas e vívidas!
Portanto, quero muito, nessa fase, que não sei quanto irá durar, sorrir muito,
dançar, viajar e me divertir na companhia das pessoas tão livres quanto eu!
Dalva
Rebouças
Psicanalista Clínico
06.07.2022
(Jequié Notícias)
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