J. B. Pessoa
Nos
últimos tempos, os conceitos de arte sofreram alterações, devido a várias
interpretações; algumas das quais, ao sabor dos modismos existentes e de novas
perspectivas criadas, a partir da imposição, de sempre existir uma arte de
vanguarda.
Atualmente
as artes passaram a serem distinguidas por um consenso informal, como arte de
elite, arte popular e arte de massas. São termos usados pela mídia, obedecendo
a uma visão sociológica, de como a arte interfere na vida e nas relações
humanas.
A
classificada arte de elite, também conhecida como arte erudita, conglomera as
obras clássicas da antiguidade até a chamada arte moderna. São produzidas por
renomados artistas, que são reverenciados por intelectuais reconhecidos. É uma
arte que se dirige a um público restrito, de gosto sofisticado e requer uma
interpretação mais apurada, com linguagens complexas, estudando o belo e o
significado da existência humana.
A arte
popular é um produto de inspiração folclórica, que traduz a concepção de
artistas, os quais buscam em suas raízes uma motivação existencial. Seus
autores são gente do povo e sua arte exprime suas experiências de vida. São
pessoas que vivem no interior do país ou na periferia dos grandes centros.
Artistas que nunca freqüentaram uma escola de arte, mas produzem obras de
reconhecidos valores estéticos.
A arte
de massas ou cultura das massas são criações artísticas, que servem aos
interesses de grupos econômicos ou políticos, os quais visam o controle do povo
através do entretenimento. Essa arte é produzida em escala industrial,
destinada ao consumo generalizado. Financiadas por grandes empresas, os
fabricantes desse tipo de arte utilizam os meios de comunicação, para escoar
sua produção. A cultura de massas pode utilizar, tanto a arte de elite como a
arte popular, para auferir seus objetivos.
Os
ternos de reis, as cantigas de rodas e o xaxado são folclore, O samba, o choro,
o baião e as marchinhas de carnaval pertencem à arte popular. Um quadro de Rafael,
Van Gogh, Picasso ou Portinari são obras eruditas, como, assim também, uma
sinfonia de Mozart ou uma peça teatral Shakespeariana. Entretanto, tudo isso
pode ser utilizado pela cultura de massas, através, do cinema e da televisão.
A
cultura de massas é produzida pela elite econômica e se destina a pessoas de
modestos conhecimentos. São produzidos por profissionais, muitos dos quais,
graduados em universidades, que visam certa homogeneidade, procurando atender
ao “gosto médio” da população. O objetivo é o lucro. Seus produtores, quase
nunca ou pouco se interessam para a evolução cultural da nação; contribuindo,
de tal modo, para a passividade do povo e apoiando os idiotismos do mundo
capitalista.
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