J. B. Pessoa
Jesus Cristo veio ao mundo, para anunciar a Boa
Nova (Evangelho); que Deus não era propriedade de nenhuma nação e, portanto,
era o Pai de toda a humanidade. Passou a Verdade Divina aos seus doze
discípulos, e esses apóstolos a dissiminaram pelo mundo romano, influenciado
pela cultura helênica.
Após a ressurreição de Jesus, os apóstolos
condensou os seus ensinamentos no Novo Testamento, tendo em Pedro e Paulo como
os organizadores da Igreja Cristã.
A nova doutrina conquistou todas as nações de
cultura helênica. Contudo, às divergências entre os cristãos eram tantas, que
forçaram o Imperador Romano Constantino, a convocar um grande concílio em 325
AD, na cidade de Nicéia, na Ásia Menor, cujo território pertence, atualmente, a
Turquia.
Criada por Roma, a Igreja adotou algumas crenças e
normas do paganismo romano, com a cultura clássica. A organização da Igreja
Católica foi baseada na filosofia platônica, dentro das normas do livro "A
República" de Platão.
Durante vários séculos, a Igreja viveu e governou o
mundo católico em paz, preservando a cultura clássica grego-romana em seus
mosteiros. Com a divisão do Império Romano, no ano de 395 AD, em Império do
Ocidente, com a capital em Milão e Império do Oriente, cuja capital ficando
sendo Constantinopla, dando daí o início a Idade Média na História, a Igreja
continuou unida, governando toda a cristandade em paz.
O Papa era o verdadeiro senhor do Império. Porém,
com a separação em 954, do Oriente com o Ocidente, provocada mais pelo orgulho
dos patriarcas gregos, do que por divergências doutrinárias, ficaram
constituídas duas igrejas cristãs!... Essa separação ficou conhecida como o
Grande Cisma. A Igreja do Oriente passou a ser classificada como Grega Ortodoxa
e a do Ocidente com Igreja Católica Universal.
A partir do final século XI, a Igreja do Ocidente
passou a ser infiltrada pelos príncipes feudais e, em seu seio, foi criado o
feudalismo eclesiástico. Daí em diante comecou a interferência dos reis e
senhores feudais na Igreja, culminando na crise com o rei da França, Filipe, o
Belo no ano de 1309; o qual tomou o poder do papa romano e transferiu a sede da
Igreja, de Roma para uma cidade francesa chamada Avinhon. O período dos papas
em território francês ficou conhecido como o "segundo cativeiro da
Babilônia". Dai em diante, a Igreja foi enfraquecida, com papas corruptos
abrindo caminho, para o que ficou conhecido como a Reforma, culminando com o
nascimento da igrejas protestantes.
Uma das vertentes dessas novas igrejas, os
protestantes calvinistas, conhecidos na Inglaterra como puritanos, emigraram
para os EUA e lá fundaram a chamada Igreja Católica Batista. Suas diferentes
ramificações constituíram as chamadas igrejas neopentecostais, que nos últimos
150 anos proliferaram em todo o continente americano.
A Igreja Católica Universal sempre se constituiu
como um estado independente, com território e cidades sob a sua dependência
administrativa, sendo reconhecida por outros estados, como a Igreja. Com a
unificação italiana, na segunda metade do século XIX, seu território foi,
totalmente, sequestrado pelo novo governo e a Igreja passou a ser refém do
Estado Nacional Italiano. Com o Tratado de Latrão constituído pelo Reino da
Itália e a Igreja, em 1929, pondo fim na chamada "questão romana"
nasceu o menor estado do mundo, o Vaticano; continuando a influência da Igreja
na vida política e religiosa nos tempos modernos.
A partir dos anos 60, novos valores foram incorporados, dividindo a Igreja em grupos políticos, fugindo da regra cristã: "dá a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus". Contudo, aos inimigos das igrejas cristãs, fica a frase do Cristo: "Simão és Pedro (pedra) e sobre essa pedra edificarei a minha igreja; as portas do Inferno não prevalecerão contra ela".
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