quarta-feira, 16 de março de 2022

A Igreja.

                                                                  J. B. Pessoa

Jesus Cristo veio ao mundo, para anunciar a Boa Nova (Evangelho); que Deus não era propriedade de nenhuma nação e, portanto, era o Pai de toda a humanidade. Passou a Verdade Divina aos seus doze discípulos, e esses apóstolos a dissiminaram pelo mundo romano, influenciado pela cultura helênica.

Após a ressurreição de Jesus, os apóstolos condensou os seus ensinamentos no Novo Testamento, tendo em Pedro e Paulo como os organizadores da Igreja Cristã.

A nova doutrina conquistou todas as nações de cultura helênica. Contudo, às divergências entre os cristãos eram tantas, que forçaram o Imperador Romano Constantino, a convocar um grande concílio em 325 AD, na cidade de Nicéia, na Ásia Menor, cujo território pertence, atualmente, a Turquia.

Criada por Roma, a Igreja adotou algumas crenças e normas do paganismo romano, com a cultura clássica. A organização da Igreja Católica foi baseada na filosofia platônica, dentro das normas do livro "A República" de Platão.

Durante vários séculos, a Igreja viveu e governou o mundo católico em paz, preservando a cultura clássica grego-romana em seus mosteiros. Com a divisão do Império Romano, no ano de 395 AD, em Império do Ocidente, com a capital em Milão e Império do Oriente, cuja capital ficando sendo Constantinopla, dando daí o início a Idade Média na História, a Igreja continuou unida, governando toda a cristandade em paz.

O Papa era o verdadeiro senhor do Império. Porém, com a separação em 954, do Oriente com o Ocidente, provocada mais pelo orgulho dos patriarcas gregos, do que por divergências doutrinárias, ficaram constituídas duas igrejas cristãs!... Essa separação ficou conhecida como o Grande Cisma. A Igreja do Oriente passou a ser classificada como Grega Ortodoxa e a do Ocidente com Igreja Católica Universal.

A partir do final século XI, a Igreja do Ocidente passou a ser infiltrada pelos príncipes feudais e, em seu seio, foi criado o feudalismo eclesiástico. Daí em diante comecou a interferência dos reis e senhores feudais na Igreja, culminando na crise com o rei da França, Filipe, o Belo no ano de 1309; o qual tomou o poder do papa romano e transferiu a sede da Igreja, de Roma para uma cidade francesa chamada Avinhon. O período dos papas em território francês ficou conhecido como o "segundo cativeiro da Babilônia". Dai em diante, a Igreja foi enfraquecida, com papas corruptos abrindo caminho, para o que ficou conhecido como a Reforma, culminando com o nascimento da igrejas protestantes.

Uma das vertentes dessas novas igrejas, os protestantes calvinistas, conhecidos na Inglaterra como puritanos, emigraram para os EUA e lá fundaram a chamada Igreja Católica Batista. Suas diferentes ramificações constituíram as chamadas igrejas neopentecostais, que nos últimos 150 anos proliferaram em todo o continente americano.

A Igreja Católica Universal sempre se constituiu como um estado independente, com território e cidades sob a sua dependência administrativa, sendo reconhecida por outros estados, como a Igreja. Com a unificação italiana, na segunda metade do século XIX, seu território foi, totalmente, sequestrado pelo novo governo e a Igreja passou a ser refém do Estado Nacional Italiano. Com o Tratado de Latrão constituído pelo Reino da Itália e a Igreja, em 1929, pondo fim na chamada "questão romana" nasceu o menor estado do mundo, o Vaticano; continuando a influência da Igreja na vida política e religiosa nos tempos modernos.

A partir dos anos 60, novos valores foram incorporados, dividindo a Igreja em grupos políticos, fugindo da regra cristã: "dá a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus". Contudo, aos inimigos das igrejas cristãs, fica a frase do Cristo: "Simão és Pedro (pedra) e sobre essa pedra edificarei a minha igreja; as portas do Inferno não prevalecerão contra ela".

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