Charles Meira
Anos a traz, Charles
Meira ficou sabendo a história de um pequeno sino. Sua tia Eulália Meira e
Silva (Lala), atualmente a cuidadora da preciosa peça, após muita insistência
do seu sobrinho resolveu contar o que aconteceu durante a longa trajetória percorrida
pelo sino.
Sentados na cama do
quarto dela na casa de sua irmã Maria Letícia, onde foi morar após a morte do
seu pai, Lala falou que seu tio Rodolfino Marques da Silva, filho de Zezinho dos
Laços foi o primeiro dono do sino. O objeto foi adquirido na ocasião que sua
esposa Leonídia Meira da Silva teve um AVC e ficou bastante tempo acamada e depois
sentada em uma cadeira, porem devido às dificuldades para falar e andar, ela
utilizava o sino para chamar as filhas, quando precisava de ajuda para locomover
nos compartimentos da casa.
Sem precisar data,
disse que Rodolfino esteve certa ocasião em Porto Alegre - Distrito de Maracás
– BA e levou o sino para seu irmão Randulfo Marques da Silva, época que sua
esposa Florinda Meira e Silva estava de cama com Bronquite e com o presente que
seu esposo ganhou chamava as filhas quando era necessário.
Quando da Inauguração
da Barragem das Pedras e o represamento das águas do Rio das Cantas os
moradores do povoado tiveram que mudar de local, entretanto Randulfo e família
preferiram receber a indenização da terra e mudar para Jequié. Tempos depois
com Mal de Parkinson, o pai de Tia Lala foi cuidado pelos familiares e os
irmãos Sebastiana e Roque, que desde pequenos com eles moravam. Com dificuldade
no falar e as mãos tremulas, a comunicação dela com as pessoas era feita com o
pequeno sino que ganhou do irmão.
Mais recentemente sua irmã Maria Leticia caiu e quebrou o Fêmur, ficando vários meses acamada e a comunicação dela era feita com o sino pequeno no tamanho, mas grande em serventia, que tia Lala herdou do seu pai e guarda até hoje com bastante carinho.
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