quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

O Pequeno Sino.

                                                                                     Charles Meira

Anos a traz, Charles Meira ficou sabendo a história de um pequeno sino. Sua tia Eulália Meira e Silva (Lala), atualmente a cuidadora da preciosa peça, após muita insistência do seu sobrinho resolveu contar o que aconteceu durante a longa trajetória percorrida pelo sino.

Sentados na cama do quarto dela na casa de sua irmã Maria Letícia, onde foi morar após a morte do seu pai, Lala falou que seu tio Rodolfino Marques da Silva, filho de Zezinho dos Laços foi o primeiro dono do sino. O objeto foi adquirido na ocasião que sua esposa Leonídia Meira da Silva teve um AVC e ficou bastante tempo acamada e depois sentada em uma cadeira, porem devido às dificuldades para falar e andar, ela utilizava o sino para chamar as filhas, quando precisava de ajuda para locomover nos compartimentos da casa.

Sem precisar data, disse que Rodolfino esteve certa ocasião em Porto Alegre - Distrito de Maracás – BA e levou o sino para seu irmão Randulfo Marques da Silva, época que sua esposa Florinda Meira e Silva estava de cama com Bronquite e com o presente que seu esposo ganhou chamava as filhas quando era necessário.

Quando da Inauguração da Barragem das Pedras e o represamento das águas do Rio das Cantas os moradores do povoado tiveram que mudar de local, entretanto Randulfo e família preferiram receber a indenização da terra e mudar para Jequié. Tempos depois com Mal de Parkinson, o pai de Tia Lala foi cuidado pelos familiares e os irmãos Sebastiana e Roque, que desde pequenos com eles moravam. Com dificuldade no falar e as mãos tremulas, a comunicação dela com as pessoas era feita com o pequeno sino que ganhou do irmão.

Mais recentemente sua irmã Maria Leticia caiu e quebrou o Fêmur, ficando vários meses acamada e a comunicação dela era feita com o sino pequeno no tamanho, mas grande em serventia, que tia Lala herdou do seu pai e guarda até hoje com bastante carinho.

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