Por Carlos Eden Meira
É assim mesmo, rapaz.
De repente acordamos
E as coisas já não são mais
Como eram antes.
Por isso ao sonhar,
É melhor não dormir no ponto.
Nossos ídolos,
Muitos deles são mesmo
Feitos de barro
E se desfazem sob as intempéries
Do mundo real.
Nos deixamos embriagar
Por idéias de um novo mundo
O qual acreditamos estar
salvando,
Pois, nele ainda quem manda,
É a mesma escória
Que sempre mandou,
Através da história.
É assim mesmo, rapaz.
A vida é uma só,
Ainda que seja eterna.
Melhor tentar vivê-la,
Da melhor maneira ao seu alcance,
Sonhando, mas sem ilusões.
Porque o sonho,
Ainda que pareça impossível,
Pode um dia se realizar.
As ilusões, porém,
Como os ídolos de barro,
Na primeira chuva,
Irão se desmanchar.
04-11-2003.
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