A queima-roupa
Zé Eduardo a poucos passos do
goleiro Edmilson, finalizou a queima-roupa, marcando o primeiro gol do Bahia, na
partida de ontem, contra o Jequié. O atacante tricolor aproveitou-se de uma
falha do goleiro jequieense, que não conseguiu segurar a cabeçada de Carlinhos,
e muito menos, o chute de Zé Eduardo, como se vê na foto.
O goleiro Edmilson teve muito trabalho durante toda a partida, que foi realizada em 05/07/1970 no Campo da Graça pelo Campeonato Baiano de Futebol.
Com a presença e o
apoio de sua torcida, o Bahia venceu o Jequié, por 2 X0, no Estádio da Graça. O
resultado teve o sabor de vingança para os torcedores, que no primeiro turno
perderam, em Jequié por 2X1. A vitória tricolor foi fruto de melhor qualidade
individual dos seus jogadores e da boa forma física q1ue o time possui. Mesmo
sem um definido sistema técnico. O Bahia foi um quadro que teve mais virtudes
do que erros. Seu adversário foi mais irregular em todas as suas peças. A falha
mais visível residiu no meio-campo, onde os seus homens, Tanajura, Maíca e
Chinezinho não souberam impor domínio, no primeiro tempo. O Bahia só teve praticamente
um jogador - Baiaco – para trabalhar no meio-campo, Amorim foi muito mais
zagueiro de que médio. Várias vezes foi visto como o jogador mas próximo do
goleiro Jurandir. Além disso, Amorim está com aspecto de um atleta que se
encontra em precárias condições físicas. Por outro lado, Zé Eduardo, o terceiro
homem da armação, poucas vezes recuou para receber a bola no centro do gramado. O seu erro
estava sobrecarregando Baiaco, que só superou a recarga porque tem preparo
físico fora do comum.
No segundo tempo, com
uma torção no tornozelo esquerdo, Zé Eduardo foi substituído por Sanfellipo
também recuado constantemente para vir buscar a pelota, carregando-a ou
lançando-a ao campo contrário. Nesse período o Jequié procurou descontar o gol.
Mas se mostrou inábil. Sua defesa continuou sendo ludibriada pelos atacantes
tricolores, enquanto o ataque foi ineficiente nos lances decisivos.
O Bahia fez por merecer
o placar de 1 X 0, no primeiro tempo gol marcado por Zé Eduardo, aos 39 minutos
Edmilson não conseguiu segurar uma cabeçada de Carlinhos.
Antes do tento, o Bahia
desfrutou de cerca de sete boas oportunidades para golear, entre Carlinhos, Zé
Eduardo, Artur e Gijo. As duas únicas chances do Jequié ficaram por conta de
Cafu e Dilermando.
O Jequié começou o
segundo tempo tentando o empate. Suas ações além de desordenadas, não contavam
com a participação de Chinezinho, que voltou contundido a campo e só foi
substituído por Bajara, aos 23 minutos. Depois de uma breve pressão dos
jequieenses, o Bahia voltou a controlar o jogo e se impôs no gramado. Amorim
pela primeira e única vez, chegou a passar da intermediária adversária, aos 25
minutos, quando o tricolor já dominava amplamente. O segundo gol estava
nascendo e ele teria sido marcado aos 43 minutos, se o bandeirinha Alberto
Oliveira não tivesse apontado irregularidade no lance em que Carlinhos entrou,
num cruzamento de Artur e mandou a pelota às redes. Aos 44 minutos, a bola
bateu em Carlinhos quando se encaminhava para as redes, impulsionada por
Sanfellipo. Somente no último minuto o gol foi assinalado. Sanfellipo cobrou
falta, da esquerda, sobre a pequena área, Artur saltou, testando para o fundo
da meta.
O Bahia jogou com Jurandir, Aguiar, Zé Oto, Adevaldo e Paez; Amorim e Baiaco; Gijo (Luiz Rodrigo), Zé Eduardo (Sanfellipo), Carlinhos e Artur. Jequié com Edmilson, Tufu, Carlinhos, Zé Augusto e Paiva; Maíca e Chinezinho (Bajara); Jorge Lima, Dilermando, Tanajura e Marcos. Arbitragem tranquila de Clinamulte França, Auxiliado por Alberto Oliveira e Américo Chaves. Renda de Cr$ 21. 435,00 (excelente), com um público de 3. 563 pagantes. Na preliminar, entre amadores, o Bahia goleou o Botafogo, por 5 X 1. (Jornal A Tarde - Matéria do arquivo de Dilermando)
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