quinta-feira, 11 de março de 2021

CRIMINOSOS NÃO MERECEM PRÊMIO

                                            Professor Jorge Barros

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... E o terror do lockdown voltou. Ele voltou! De agosto a outubro do ano passado, nas campanhas políticas para prefeito e vereadores, vivemos momentos inesquecíveis e serenos. Oh! Que belos dias! Os candidatos, em pleno delírio e em completa alucinação na busca dos votos, em nenhum momento mencionaram os agentes do terror da pandemia: coronavírus, Covid - 19, UTI, vacina, toque de recolher, hospitais de campanha, lockdown, quarentena, mortes... Naqueles meses tudo era sonho de uma noite de verão, ou sonho de primavera, como você preferir. As campanhas foram feitas através de caminhadas extensas e delirantes, apertos de mão não faltaram, abraços calorosos e beijos foram dados, vendidos, leiloados e emprestados. E, para completar, muitas aglomerações à luz do dia e à sombra da noite; as redes sociais mostraram essas imagens exaustivamente. É bom lembrar também que muitas aglomerações foram exibidas com muita gente sem máscara. Que beleza! Os candidatos (todos) testemunhavam essa desordem, essa bandalheira, mas ficavam caladinhos. Em seus discursos nada mencionavam a esse respeito. O que importava naqueles momentos era o voto; e esse deveria ser conquistado à custa de qualquer sacrifício; à custa do sacrifício da morte, se tanto fosse preciso. Nesses três meses de campanha: a imprensa ficou muda, sega e surda, e os governantes (prefeitos e governadores) nem sabiam o que era coronavírus. E como desordem pouca é bobagem, o Tribunal Regional Eleitoral (TER) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não tomaram conhecimento dos fatos (visíveis a olho nu, diga-se de passagem). As eleições se deram, os eleitos foram anunciados e empossados. Hoje, eles estão em seus postos com dezenas de assessores bem remunerados, e desfrutando de fantásticas mordomias e regalias que a iníqua e falida política brasileira permite. Estão ganhando muito bem e acumulando fortunas, que chova ou que faça sol. Somente o eleitorado que votou neles e o resto dos cidadãos brasileiros ficaram a ver navios; ficaram na rua da amargura. Sim, porque o terror voltou. Agora, a classe política está preocupada com a Covid -19, e por isso volta a decretar o lockdown (o confinamento) e toques de recolher criminosos. Nessa retomada dos dias de medo, a imprensa prostituta e lacaia (que é capaz de se calar por apenas R$ 100,00) atormenta dia e noite a vida de todos. Constantemente, notícias macabras sobre a falta de leitos em UTI são divulgadas sem nenhum escrúpulo e sentimento, tanto por governantes como pela imprensa prostituta e lacaia (aqui vale a repise). Os eleitores e os demais cidadãos brasileiros são os verdadeiros culpados por tudo isso; são os verdadeiros culpados por toda essa tragédia em dois atos. Elegem (ou reelegem) bandidos e criminosos políticos e se calam, omitem-se, não reagem e aceitam tudo; não se contrapõem aos atos dos tiranos. São culpados porque continuam a premiar criminosos. CRIMINOSOS NÃO MERECEM PRÊMIO. Nas redes sociais, alguns deles, cinicamente estão chorando por causa das mortes provocadas pela Covid-19; estão derramando lágrimas furtivas por causa da própria tragédia anunciada. Você acredita nessas patéticas lágrimas? Chora, Chorões. A força dos opressores e criminosos políticos é inversamente proporcional à força dos oprimidos. Trocando em miúdos: quanto menor a força dos oprimidos, maior é a força dos opressores. CRIMINOSOS NÃO MERECEM PRÊMIO. Dica de livros e filmes nesta coluna. Livros: 1. 1984. George Orwell; adaptado e ilustrado (história em quadrinhos) por Fido Nesti. 1ª ed. São Paulo: Quadrinhos na Cia. 2020. 2. Os três mosqueteiros. Alexandre Dumas. São Paulo: Martin Claret, 2009. Filmes: Passagem para Índia, 1984. Direção de David Lean, com Judy Davis, Victor Banerjee, Peggy Ashcroft e outros. Um choque cultural entre indianos e ingleses com toque de acusações e tribunais. Vale a pena conferir. Um lugar no coração, 1984. Dirigido por Robert Benton, e com Sally Field, John Malkovich e grande elenco. A luta de uma mulher viúva para defender sua propriedade (fazenda de algodão) e família, em tempos de crise econômica e racismo visceral. Não perca. (Blog Junior Mascote)

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