quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Teleque, Telaque Teleque, Telaque... A pequena história de Maria Fumaça passando pelo bairro São Luiz, nos recortes da memória

Professor Jorge Barros


Jequié, 123 anos de emancipação política, história e memórias. Bons tempos aqueles em que o progresso por aqui passava ( em carro de boi, trem, marinete, caminhão, cavalo, tropas... ); bons tempos aqueles em que os prefeitos e as representações no legislativo tinham um sério e firme compromisso na luta para que a Cidade Sol sempre estivesse nos trilhos do desenvolvimento econômico e social. Não à toa, o município alcançou o posto de o terceiro mais desenvolvido do estado da Bahia, lá pela década de 1940, mais precisamente. À sua frente, somente as cidades de Salvador e Feira de Santana. Nesses tempos áureos Jequié era chamada de A Princesinha do Sudoeste. Quanta honra! À essa época, a cidade se destacava como um grande entreposto comercial, isto é, como um centro receptor e distribuidor de mercadorias. Daqui saiam mercadorias para outros municípios e estados do Brasil. Na foto desta coluna, um vagão de trem, carinhosamente chamado de Maria-Fumaça, responsável também pelo progresso e desenvolvimento das terras jequieenses. Mas o tempo foi passando e o declínio econômico foi se aproximando, lamentavelmente. A abertura das Rodovias BA - 2 e BR – 116 tirou do município a primazia de ser o abastecedor de muitos municípios do sertão e sul da Bahia e do norte de Minas Gerais. Ilhéus e Vitória da Conquista assumiram o comando desse abastecimento. Como consequência, foi decretada a falência da Estrada de Ferro Nazaré, que por aqui passava (foto). Ao fundo da foto, a bela Catedral; e à esquerda, o antigo Sobrado dos Grillos (hoje, Casas Bahia), outro marco no desenvolvimento econômico e social do município. Jequié, 123 anos de emancipação política, história e memórias. Continue comemorando, apesar de tudo, apesar de tanta decadência econômica e social.

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