O de que Charles mais gostava na mocidade era namorar. No colégio, eram tantas namoradas que aconteciam brigas disputando o garanhão. No cinema, ele preferia frequentar seções com três filmes, pois em cada uma encontrava com uma garota. Nas festas dos clubes da cidade, marcava sua presença para dançar e paquerar as mulheres. Com Reinaldo, Muruta e outros amigos percorriam durante a noite os lugares onde se reuniam as meninas em busca de aventuras amorosas.
Depois que completou
dezoito anos, começou a namorar uma bonita loira chamada Fátima, que conseguiu
conter um pouco o conquistador. Durante quase um ano se comportou com
fidelidade e até conheceu a família da namorada.
Neste intermédio, uma
amiga por nome Celinha, falou com Charles de uma vizinha da cidade de Antas-BA
que estava esperando uma de suas irmãs que viria estudar aqui em Jequié e
quando ela chegasse iria apresenta-lo.
O tempo passou e ele
continuou namorando Fátima.
Em 1973, no início do
ano letivo, Charles estava saindo do colégio com Fátima para comprar picolé,
quando encontrou Celinha acompanhada de uma amiga. Ela apresentou sua amiga,
dizendo ser aquela de que tinha falado. Cumprimentaram-se rapidamente.
Passados alguns dias,
Charles desentendeu-se com Fátima e terminou o namoro. No mesmo período, ele
passou a servir no Tiro de Guerra. Matriculou-se para estudar à noite e começou
a procurar emprego. Todos os dias estava no comércio com este intuito.
Certa manhã, se
encontrava em frente à Rádio Baiana no centro da cidade, quando encontrou
novamente amiga de Celinha. Falou com ela, mas quase não foi reconhecido,
porque havia cortado o cabelo à militar. Nesta manhã, ficou sabendo que ela se
chamava Maria José. A conversa foi curta e ali se despediram.
Daí em diante se
iniciou um bom relacionamento entre Charles e Maria José. Logo começaram a
paquera, mas ela sempre com muita desconfiança dele, pois Celinha tinha dito
que ele era muito namorador. Mesmo assim, continuaram juntos. Pra sair um pouco
da rotina, marcaram para ir assistir à estreia de um filme no Cine Teatro
Jequié. Todo aconteceu normalmente até que as luzes do cinema se apagaram. Como
era de costume, abraçou Maria José e tentou beijá-la. Ela não gostou e empurrou
Charles. Levantando, falou com suas amigas que queria ir embora. Deixaram o
filme na metade. No caminha de casa ela terminou o namoro com Charles.
Por vários meses
ficaram sem contato. Ela com outras amizades e ele com seus familiares. Alguma
coisa tinha ficado de positivo naquele relacionamento. Pela primeira vez uma garota
recusara um beijo dele. Aquela atitude o deixou muito irritado, mas ao mesmo
tempo não conseguia esquecer a garota.
Numa tarde, para sua
surpresa, recebeu a visita de Maria José. Conversaram por várias horas, o
assunto girou sobre outros temas, tentando não lembrar o acontecido entre ales.
Maria José achou Charles muito triste e pensativo. Na saída ela falou que ele
poderia ir visita-la na casa da irmã. Prontamente aceitou o convite. Depois de algemas
visitas, voltaram a namorar, porque Charles contou para Maria José que estava
gostando dela e pediu uma chance para demonstrar que o seu sentimento era
verdadeiro. Com dois meses de namoro, passou a pensar seriamente em casar com
ela, mas pra seu desespero, perdeu o emprego e assim não poderia manter o lar.
Em 1975, a mãe de
Charles resolveu morar em Salvador para permitir aos filhos estudar para o
vestibular. Mesmo com a mudança para Salvador continuaram namorando. Quando não
podia vir a Jequié, escrevia enormes cartas de amor. Em 1976, começou a trabalhar
na Coelba, com isso voltou a falar com Maria José que queria casar o mais
rápido possível. Mas ela achava que deveriam esperar mais um pouco. Ele não
aceitava aquelas opiniões e começou a convidar Maria José para fugir. Durante
muito tempo ela rejeitou as suas ideias, mas devido à ameaça feita por Charles,
prometendo jogar-se em baixo de um automóvel, ela acabou cedendo. Fugiram de
ônibus para Feira de Santana- BA, onde passaram a noite em um hotel da cidade.
Enquanto isso, em Jequié, Salvador e Antas, todos ficaram desesperados com o
desaparecimento do casal. No outro dia chegaram em Salvador para alívio dos
familiares.
Mesmo não acatando a
atitude dos dois resolveram fazer o que eles desejavam. O casamento foi
realizado em 17 de abril de 1976 na cidade de Antas-BA.
Charles nunca pensou em
um dia ser fisgado pelo amor.
assim caminham os humanos, era dona maria josé manter-se firme na recusa do namoro e a gente ia tá livre de charles. linda história de amor, parabéns charles por amar tanto. parabéns dona maria josé por suportar tanto tempo. brincadeirinha, se amam verdadeiramente.
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