sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Jequié, 123 anos de história e memórias - A paisagem muda, mas os laços históricos ficam para sempre.

                                    PROFESSOR JORGE BARROS

Na foto desta coluna, uma paisagem (em plano quase aberto) que não quer calar; que não quer silenciar e nem quer que a história seja dissipada. Na foto, dentre outras imagens, traços da nossa gente, a frente da Praça Juraci Magalhães, um trecho da Av. Brigadeiro José de Sá Bitencourt e um antigo posto de combustível (Posto Shell ou Posto Esso?), no ano de 1965. Há 55 anos, portanto. E o que mudou de lá para cá? Muita coisa, sem dúvida nenhuma. Mudou para melhor ou para pior? Você decide. Se o paisagismo físico mudou para melhor, hoje, como contraste, como oposição, a essa mudança, temos casas sufocadas pela poluição sonora e atmosférica, pistas de veículos favorecendo a desordem e o caos urbano, a violência urbana, assaltos e crimes contra o homem comum, o medo reinando entre as pessoas, insegurança, incerteza e pobreza generalizada. Nesse novo paisagismo não vemos mais crianças brincando na Praça e nas portas das residências e nem vizinhos sentados nas portas para contar histórias e prosear em noites de lua cheia... À essa época, nessa comunidade, certamente ninguém tinha um aparelho de TV. Em suma, se o paisagismo físico mudou para melhor, o paisagismo das relações humanas mudou para pior, isto é, deteriorou-se. Mas traços históricos são traços históricos, e não podemos suprimi-los, porque assim estaríamos falseando o que é por natureza verdadeiro e concreto. Sem sombra de dúvida, daqui há trinta anos diz -se -á que o paisagismo das relações humanas de hoje era bem melhor. Há de se perceber com isso que a humanidade não evoluiu, não evolui e não evoluirá nunca; pelo menos em matéria de homem, meio social e relações humanas. Mas eu ainda fico com essa bela foto do ano de 1965. E você? Alguém se reconhece nela (na foto)? (Blog Junior Mascote)

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