sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Coluna Jorge Barros: AURORA DA MINHA VIDA, A VELHA PRAÇA RUI BARBOSA

Professor Jorge Barros

Coluna Jorge Barros: AURORA DA MINHA VIDA, A VELHA PRAÇA RUI BARBOSA

Dia 25 de outubro, Jequié completa 123 anos de emancipação política e história. Muito tempo, mas parece que foi ontem. 25 de outubro de 1897, segunda feira, os laços políticos que prendiam Jequié a Maracás são definitivamente cortados. Independência, ainda que tardia! Estabelecendo a linha do tempo (a inexorável e temível linha do tempo) para essa história, tudo começa com a bravura do grande inconfidente José de Sá Bittencourt, que fundou a Fazenda Borda da Mata, que por sua vez deu origem ao município de Jequié, que por sua vez construiu a Praça Rui Barbosa. E, por falar na independência de Jequié, impossível esquecer o nome do grande Lindolfo Rocha, mineiro da cidade de Grão Mogol, que muito se empenhou para que ela (a independência) fosse conquistada. Mas, de lá pra cá, quantas transformações ocorreram? Quantos políticos passaram por estas terras? Quantas paisagens urbanas foram construídas? Quantas casas e praças foram edificadas e, depois, reformadas para melhor ou para pior? Não se sabe exatamente. Mas uma praça, a Praça Rui Barbosa mais precisamente, sempre é lembrada desde a sua construção e inauguração; a história tem registrado isso. A foto desta coluna mostra uma Praça Rui Barbosa linda, silenciosa, em sintonia com a natureza, limpa, sem as cores da violência, humana, bucólica, verdejante, poética, infantil... Velhos tempos que não voltam mais! Quem viveu esses tempos, quem transitou por essa Praça, quem brincou naquele parquinho, quem foi importunado por “lacerdinhas” que sujavam tecidos de cor amarela, quem se sentou em algum daqueles bancos, certamente volta ao passado. Certamente faz uma viagem pelo túnel tempo e traz à memória os seus oito anos; anos bem vividos em um universo lúdico e puro. Um universo sem erotização, pornografia, violência, drogas, ideologia de gênero, agenda LGBT infantil, brinquedos eletrônicos... O poeta Cassimiro de Abreu faz-nos recordar esses tempos de infância na velha Praça Rui Barbosa através de seus versos; tempos que nunca mais retornarão. Cassimiro de Abreu: Oh! Que saudades que tenho/ Da aurora da minha vida,/ Da minha infância querida/ Que os anos não trazem mais!/Que amor, que sonhos, que flores,/ Naquelas tardes fagueiras/ À sombra das bananeiras,/ Debaixo dos laranjais!/Como são belos os dias/Do despertar da existência!/ - Respira a alma inocência/Como perfume a flor... Livros e filmes indicados nesta coluna. Livros: 1 - Sonetos Remanescentes. Pacífico Ribeiro. 2a ed. revista e acrescida. Salvador/BA: EDIÇÕES ARPOADOR, 2009. 2 - Fatos Pitorescos da Cidade Sol. Raimundo Meira. Jequié/BA: -, 2007. Filmes: 1 - Num lago dourado (1981), dirigido por Mark Rydell. Com Katharine Hepburn, Henry Fonda, Jane Fonda e grande elenco. Filme Premiado com 03 Oscar da Academia de Cinema: ator – Henry Fonda (seu único Oscar e último filme), atriz – Katharine Hepburn (o quarto Oscar de sua carreira) e roteiro adaptado. Um grande drama familiar com grandes astros da sétima arte. 2 - Roma, cidade aberta (1945), dirigido por Roberto Rossellini. Com Anna Magnani no papel principal. Filme que aborda a ocupação nazista em Roma, Itália, e a luta dos italianos contra os inimigos invasores. Filme vencedor do Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes. Um grande marco do Neorrealismo Italiano. (Junior Mascote)

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