Professor Jorge Barros
24/7
Dele, o Rio das Contas (foto), só lembranças quando era um rio de
verdade; um rio que simbolizava os aspectos belos da natureza e ecologia; um
rio ao alcance de todos, de pescadores e não pescadores. Às suas margens, a
flora local também conspirava para a preservação do meio ambiente e a harmonia
da própria natureza circundante; uma luta incessante contra a poluição
ambiental. As suas águas, ainda não represadas pela força brutal da tecnologia
contemporânea e do progresso irracional em busca de quantidade, e nunca de
qualidade, constituíam-se em fontes de diversos alimentos para os jquieenses
que nele buscavam o sustento para si mesmos e para a sobrevivência diária de
suas famílias. Às margens desse belo e importantíssimo rio, mais fontes de
alimentos: abóbora, batata, chuchu, tomate, cebola, inhame, pimentão, coentro,
aipim. Lavadeiras, crianças e pescadores que, nele quase se encontravam
diariamente em dias de sol, eram companheiros fiéis desse rio, não permitindo
sua destruição. Eles o amavam de verdade. Mas os tempos maus e de trevas
avançaram, e o RIO DAS CONTAS foi destruído até as profundezas de suas doces
águas; começando essa destruição com o bloqueio (a represa) de suas águas,
partir da década de 60. Sucessivas administrações municipais bandidas e
comprometidas com o que se tem de mais sujo e podre na política brasileira,
também contribuíram para sua extinção. Hoje, ele não é nem sombra de uma fonte
de águas doces e limpas; hoje, suas águas nem de longe lembram aquelas que
muitos bebiam para saciar a sede e que utilizavam para tomar banho. Ele é
apenas os restos mortais de um rio que passou em terras jequieenses. Rio das
Contas, um depósito de sujeira e lama; Rio das Contas, um acumulado de esgotos
produzidos pelo homem; Rio das Contas, um canteiro de lixo produzido pelo
agente nocivo chamado homem; Rio das Contas, um acumulado de dejetos de uma
civilização criminosa que vive em seu entorno; Rio das Contas, a imagem fúnebre
dos decadentes projetos político-administrativos da maioria dos prefeitos
eleitos por Jequié. Certamente, nos próximos debates dos candidatos a prefeito
de Jequié, ele será mais uma vez lembrado com propostas para o seu resgate e
revitalização. Depois ele será esquecido e mais perversamente destruído. Fique
atento para as promessas dos candidatos sujos, corruptos, idiotas e
oportunistas que visarão conquistar seu voto no dia 15 de novembro deste ano.
Sugestão de livros e filmes para você não continuar a ser enganado pela turba
de candidatos sujos e bandidos a prefeito e vereador no dia 15 de novembro.
Livro: 1. Meio ambiente, poluição e reciclagem. Eloisa Bisotto Mano et. al. 2a
ed. São Paulo: Editora Edgard Blucher Ltda, 2010; 2. Por que o Brasil é um país
atrasado? Luiz Philippe de Orleans de Bragança. Ribeirão Preto, SP: Novo
Conceito, 2017. Filmes: 1. 2001: Uma odisseia no espaço (1968), dirigido por
Stanley Kubrick. Belíssimo filme que exibe os últimos passos do homem para o futuro
e traça o mapa do destino deste mesmo homem. Premiado com o Oscar de melhores
efeitos especiais; 2. Na natureza selvagem (2007), dirigido por Sean Penn, e
com o ator Emile Hirsch no papel principal. Como terminará o destino de um
jovem que decide desafiar os limites do tempo e espaço? Boas leituras e
prazerosas reflexões feitas a partir dos filmes. (Junior Mascote).
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