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| 30 de março de 1970 |
Não sei bem se dizer
que o Ilhéus foi melhor que Jequié, seria um termo certo. Prefiro achar que o
Ilhéus jogou com um pouquinho mais de vontade e muito bem estruturado dentro de
campo. Claro que Gulomar Roide deve ter avisado que o empate seria excelente e
ninguém precisava procurar um gol, deixando a defesa sem proteção. O que Roide
devia ter avisado é que o Jequié voltasse com aquele mesmo joguinho da fase
inicial, eles poderiam ter vencido a partida.
Somente duas coisas que
aconteceram no segundo tempo, merecem comentários:
1 - Para que Geraldo
tirou Dilermando do jogo, colocando Flori em seu lugar e Betinho no lugar de
Flori. Ninguém concordou com as mudanças. É fácil explicar: Jorge Lima é quem
estava na reserva do ataque e Betinho nem no banco estava sentado. Chamaram o
rapaz às presas, e colocaram numa fria. Por mais ruim que Dilermando estivesse
jogando, poderia ser pior que Betinho. Ele corria de um lado para o outro,
atrapalhava seu time. Em fim tudo que fez estava errado. Muita gente reclamou
desta substituição e tinham razão. O melhor seria colocar Jorge Lima na ponta,
deixar Dilermando na meio, ajudando Tanajura. Podia não dar certo, mas era o
mais razoável.
2 - Como é que Renã
perde um gol aos 44 minutos para o Ilhéus. Foi o lance mais bonito da partida e
o jogador fez tudo bem e certo. Na hora do chute, não é bom nem lembrar. Passou
mais ou menos perto, mas não dava para entrar. É bom que se diga duas coisas:
Renã estava na frente de Edmilson e muita gente fechou os olhos para não ver o
gol. Quando Renã chutou para fora, foi um alívio geral.
Se você não está
satisfeito com o resultado de 1 a 1. Agora não pode fazer mais nada. Acho que
Jequié precisa olhar. Com mais cuidado esse negócio que se chama liderança. O
time é bom de verdade, mas não pode ficar vivendo de vitória sobre o Bahia.
Geraldo mesmo disse que aquela partida era uma mais no campeonato. Veja bem:
ser líder não é dormir como fez o Fluminense. Ao contrário, é ficar bem
acordado, pois tem muita gente com inveja por aí. (Arquivo de Dilermando)
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