Os festejos juninos e outras celebrações municipais deste ano foram cancelados no município de Jaguaquara, no Vale do Jiquiriçá.
A festa alusiva ao aniversário da cidade, que ocorreria no dia (18) de maio, quando Jaguaquara completa 99 anos de emancipação político-administrativa não será realizada, diante das mobilizações de combate ao novo coronavírus, que já infectou seis pessoas no município.
O decreto municipal assinado pelo prefeito Giuliano Martinelli (PP) proíbe a tradicional programação da Igreja Católica para as festividades da padroeira da cidade, Maria Auxiliadora, que ocorre anualmente com quermesse no bairro Muritiba.
Ainda de acordo com o decreto, o São João, considerado um dos mais tradicionais do interior baiano também foi cancelado. A prefeitura destaca que não há mínima razoabilidade na realização de eventos festivos públicos e privados em Jaguaquara para evitar aglomerações.
Prefeito volta atrás e revoga o próprio decreto que flexibiliza funcionamento de igrejas
O prefeito de Jaguaquara, Giuliano de Andrade Martinelli (PP), revogou o decreto municipal 068, datado de 29 de abril, que autorizava a realização de cultos nas igrejas evangélicas em meio à pandemia.
Martinelli, que mantém a suspensão das atividades em bares, restaurantes, escolas públicas e privadas e permite o funcionamento do comércio apenas em dias alternados e com horário reduzido teria enfrentado duras críticas após se reunir com pastores em sua residência e anunciar em rede social a reabertura de igrejas durante a quarentena no município que já registrou 06 casos do novo coronavírus.
A repercussão foi tão negativa que nem todos os líderes religiosos que integram a Ordem dos Pastores de Jaguaquara aderiram a ideia de flexibilização, mesmo com o decreto impondo medidas de restrição nos templos. O anúncio de flexibilização levou à igreja Batista a emitir nota informando que segue com cultos online, respeitando as orientações do Ministério da Saúde sobre Covid-19.
Representantes do Poder Judiciário e do Ministério Público de Jaguaquara também chegaram a se posicionar diante da repercussão, tendo informado que a decisão que teria flexibilizado o funcionamento das igrejas não teve anuência da Justiça e nem do MP, sendo de cunho exclusivo do Executivo (Marcos Frahm)
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