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“Vem
exulta, ó! Mocidade/Mocidade estudantil/É a seiva da terra rediviva/que circula
alvissareira nas artérias do Brasil”.
Uma pequena, porem vibrante torcida, num canto da
arquibancada do Estádio Pedro Caetano, cantava com fervor o Hino do Ginásio de
Rio Novo, enquanto o time do Estudantes , com seu uniforme azul marinho ,
entrava em campo para mais uma partida no Campeonato Municipal.
A equipe era basicamente formada por alunos da
quarta serie e tinha como treinador o professor de matemática, Milton Pinheiro
dos Santos, oficial da Policia Militar e Delegado de Policia de Ipiaú.
Capitão Milton e os professores Aldo Tripoldi e Carlos
Borges(Carlito) sabiam do potencial dos meninos na arte de jogar futebol e
sendo assim, a cada segunda-feira, antes do inicio da aula dedicavam cinco ou
dez minutos para falar do assunto.
Talvez tenha sido dessas conversas que surgiu a
ideia de formar o time.
O coletor estadual Elísio Bastos,marido da
professora Italva Bittencourt, se prontificou a comprar o uniforme e fazer
parte da diretoria do esquadrão que tão bem representaria a classe estudantil.
Gargano,Cika,Renildo,Nelsinho, Pedrito e os goleiros
Tito e Fernando de Urbano(em pé). Genival, Nilton , Alberico Beré,
MacDonald,Natalino,Bocão e Elias(agachados),fizeram pose na foto e bonito no
gramado.
A temporada de 1966 foi enriquecida com a presença
desses jovens atletas .
Vitor Catuaba, Ely Fonseca, Umberto Cabeleira (que
logo foi transferido para o Independente), Raimundão , Sapinho e Ranganga,
foram outros que atuaram, anteriormente, na equipe.
ESTILO ACADÊMICO
No Campeonato de 1967, com Tarzan, Uta, Pascoal,
Aderbal Bonfim, Renildo. Lôlinha, Brioschi, Natalino. MacDonald, Esmeraldino e
Afrânio Gavião, o Estudante, no mais puro estilo acadêmico,chegou à decisão do
segundo turno do campeonato.
Precisava apenas de um empate para conquistar o
titulo. Resistiu à pressão do Independente até os 44 minutos do segundo tempo,
quando sofreu um gol que até hoje é contestado por muitos dos que assistiram
aquela partida:
”A rede estava furada, a bola entrou pelo lado de
fora. Todo mundo viu menos o juiz”, ainda reclamava o Capitão Milton.
A terceira colocação no campeonato não serviu de
consolo para quem merecia melhor posição.
A boa campanha foi aplaudida até pelos adversários
e honrou a alegre torcida que a todo fôlego prosseguia cantando o belo hino:
“Bendita esta luz de sublime magia que traz a
cultura fagueira e louçã/Bendita essa luz pelos céus da Bahia, rasgando uma
aurora de nova manhã”.
O Estudante não durou mais que três
anos,entretanto, nessa trajetória meteórica , revelou muitos craques para o
futebol ipiaúense.
O Hino do Ginásio de Rio Novo que a
moçada alegremente cantava na arquibancada, foi composto pelo Mestre Lôla
(Eulógio Santana), em parceria com o professor Altino Cerqueira , autor da
letra. (José Américo Castro)
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