O sucesso da prática do tênis em Jequié não veio por acaso. No passado, soube que João Aguiar, o qual homenageamos com seu nome em uma de nossas arquibancadas, foi o melhor tenista de Jequié, ao lado Milton Rebello, Nilton Araújo, dentre outros. Depois de mais de 20 anos, desde quando foram desativadas as duas quadras de saibro do Jequié Tênis Clube (JTC), a Cidade Sol ficou sem espaço apropriado para a prática do Tênis. Quando retornei dos Estados Unidos, onde comecei a jogar tênis com o alemão Uwe Baer, em 1999, para instalar em Jequié o Hospital de Olhos Calheira (HOC), procurei uma quadra em Jequié e não achei. Pintamos as marcações de tênis em uma quadra de cimento no Sítio Lírio do Vale, de Ney Araújo, e fizemos o primeiro Calheira Open de Tênis. Tive a honra de fazer dupla com Luís Faleiro, de Itapetinga, quando ganhei meu primeiro troféu de campeão. Me apaixonei de vêz pelo tênis. Pintamos uma quadra de tênis numa quadra do JTC e continuamos o esporte. Foi quando com Ivaldo Ivaldo De Braga Senna, resolvemos fazer uma quadra de tênis de verdade. Conseguimos o espaço no Clube dos Maçons, pelo apoio do saudoso professor e tenista Milton Rabelo. Aí Ivaldo me falou: Ivonildo, uma quadra é pouco. Quanto mais quadras, menos quadra! Ele quis dizer que para o surgimento de mais tenistas deveria ter mais quadras. Na época Luis Pedreira fazia um circuito baiano no interior, com o nome Bahia Point. Resolvi fazer 4 quadras iluminadas. Gastei na época 50 mil reais e fizemos uma inauguração com mais um Calheira Open, desta vez com mais de cem tenistas de toda a Bahia. Ivaldo Senna, Pato Rouco, Carlinhos, Ney Araújo, Vidal, Pessoa, tenistas desta época, muitos deles jogam até hoje. De Salvador trouxe o professor Peu - Everaldo da Silva Vieira, que ficou por vários anos no Calheira -Senna, e depois, com a construção das quadras da AABB, foi trabalhar no novo espaço tenístico.
Jequié tem hoje o melhor tenista juvenil da Bahia, crescido nas quadras do Clube de Tênis Calheira -Senna: Gustavo Campos, filho do tenista Guto, e que jogou com meu filho Thiago Calheira na infância. Já disputando torneios profissionais pelo Brasil afora, o nosso Guga jequieense está entre os 30 melhores do Brasil, já tendo treinado na Espanha, na Academia de Rafael Nadal, prêmio que conquistou após se destacar na Copa Itaú de Tênis.
Agora realizamos o XVII Calheira Open de Tênis com muito orgulho. O professor Júnior, que começou como boleiro, aprendeu a jogar na Escolinha de Tênis do clube, projeto social magnífico, quando o professor de tênis era o argentino Luís Ibarra. Hoje o professor Júnior conduz com maestria o Clube de Tênis Calheira-Senna.
Neste ano tivemos tenistas de Jequié, Salvador, Jaguaquara, Ipiaú, Gandu, Ilhéus e Itapetinga. Tenistas ilustres como Agda Silva, do site TenisBahia, Carlos Paes, de Itapetinga e Guto, de Jequié, que apoiam e honram o tênis baiano, prestigiaram esta edição do Calheira Open. Obrigado de coração a cada tenista que ajudou a dar brilho a este torneio. E até o próximo XVIII Calheira Open de Tênis, se Deus quiser. (Ivonildo Calheira)
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