Presente
no imaginário coletivo, o Cine Theatro Éden, por quase setenta anos, em Ipiaú,
ostentou ar civilizado com distintos atores sociais, compartilhando as
expressões da emoção, humanizando a cidade.
Sendo
a porta de entrada para o conhecimento mágico, cultural e político influenciou
ideias, valores, e modos de vida; formou público, com o sentimento de
pertencimento que mantém a chama pela revitalização do cinema, e contagia
gerações que se sucedem.
Esta publicação é uma homenagem ao poeta e jornalista,
José Américo Castro, que desde os anos 70, vem agitando a vida cultural
ipiauense, e à memória da cidade, cujo reconhecimento é expresso nas narrativas
dos habitantes ou ex-habitantes, reconstituindo a vida grupal no espaço urbano.
Trata-se de um diálogo entre a literatura, a história,
as memórias e imagens dessa comunidade baiana marcada pela multiplicidade de
artes e contrastes, onde a reforma agrária deixou de ser uma utopia.
Se o mundo imaginário de “Cem Anos de Solidão” é uma
metáfora da realidade, ao imprimir, em Macondo, a identidade latino-americana,
“Portas do Éden”, com uma multidiversidade de olhares, inclusive de Pierre
Verger, revela Ipiaú, com a sua poesia, símbolos e saberes.
Os costumes, festejos e fabulações; a arte e cultura,
figuras folclóricas, e os estilos de representação política; os espaços sociais
religiosos, ciganos e sem terra; os vínculos de sociabilidades emergidos pelo
cinema, fundidos na construção da identidade.
Paulo Andrade Magalhães- Editor e Organizador do Livro
Paulo Andrade Magalhães- Editor e Organizador do Livro
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