quinta-feira, 20 de abril de 2017

Maíca, um craque da Associação Desportiva Jequié

                                                                   Charles Meira

Marivaldo Costa Azevedo (Maíca).
            Visitei com Edísio Santana em uma manhã de domingo, Marivaldo Costa Azevedo (Maíca) e solicitei dele um relato por escrito, contando a sua história na Associação Desportiva Jequié.
            No sábado dia 14/04 entregou-me o relato. Conta que no ano de 1968 chegou a Jequié, vindo de Irará – BA, onde nasceu em 29/09/1945. Casou-se com Maria da Glória Del Sarto e tiveram 03 filhos: Carolina Del Sarto Azevedo Maia, Thiago Del Sarto Azevedo e Bruno Del Sarto Azevedo. O casal foi também abençoado até a presente data com 05 belos netos.
Que Inicialmente fez parte do elenco dos times amadores do Flamengo de Jequié e do Independente de Ipiaú, equipes que nessa época, eram as melhores do Estado da Bahia. Os jogadores Dilermando, Tanajura, Edmilson e Marcos também jogaram no Independente de Ipiaú e foram campeões nestas agremiações nos anos de 1968 e 1969.
           Considerando esta época como herança bendita contou que do time amador do Flamengo de Jequié foram cedidos mais ou menos 12 jogadores, deles 08 titulares que atuavam a dois anos juntos na equipe, fator determinante de tanto sucesso alcançado pela Associação Desportiva Jequié na década de 70.

Carlinho, Edmilson, Tufú, Maíca, Zé Augusto, Pascoal, Foca e Maneca Mesquita.
Agachados: Bara, Tanajura, Dete Leão, Bajara, Marcos e Heráclito.
Jogadores do time amador do Flamengo de Jequié que jogaram no 
time amador do Independente de Ipiaú:
Em pé Edmilson e Maíca. Agachados: Dilermando, Tanajura e Marcos.

Em seguida, “Maíca” citou algumas partidas, consideradas Inesquecíveis na sua trajetória de jogador de futebol:
Bahia de Feira 0 X 3 Jequié - 05/04/1970 no Jóia da Princesa – Feira de Santana, partida marcada por um lance contado assim por Jailson Faria na sua reportagem para a Tribuna da Bahia de Salvador em 05 de abril de 1970: “o Jequié vencia o jogo por 1 X 0 e as coisas estavam se tornando difíceis para o líder, porque o Feira não se conformava com a derrota e foi todo à frente para tentar o empate. Pois bem, o Jequié aguentava como podia. Foi então que Tanajura sofreu uma falta perto da área e chamaram “Maíca” para bater. Para que fizeram aquilo? “Maíca” cobrou e fez um “senhor” gol. Eram 43 minutos do segundo tempo e isto acabava com o Feira”.  

Tribuna da Bahia – Salvador – BA, 06 de abril de 1970.

Jequié 2 X 1 Bahia – 22/03/1970 no Waldomiro Borges – Jequié.
Bahia 6 X 1 Jequié – 13/05/1971 na Fonte Nova – Salvador.
Jequié 0 X 1 Vitória da Conquista – Waldomiro Borges, nesta partida se tivéssemos vencido, disputaríamos o título de campeão com o Esporte Clube Bahia, porque esse campeonato foi decidido entre o campeão do primeiro turno e o campeão do segundo turno.
Vitória 0 X 0 Jequié – 29/05/1971 na Fonte Nova – Salvador.
Depois contou alguns fatos pitorescos que ocorreram na sede da ADJ na Rua Mota Coelho, local onde moravam os jogadores:
Dividiam o quarto “Maíca”, “Tufú” e “Besouro”. Para surpresa deles, o amigo “Besourão” era sonâmbulo. O goleiro levantava durante a noite e saía perambulando pela casa, oportunidade que aproveitavam a situação e o seguiam, fazendo perguntas sobre Ipirá sua terra natal, sua infância e juventude. “Besouro” respondia tudo normalmente, contudo quando era indagado sobre uma determinada namorada, o sonâmbulo despertava espontaneamente.


Maíca na concentração do Jequié jogando baralho.

 O goleiro Edmilson gostava muito de brincar de desafio com os colegas depois do almoço. Pegava um vasilhame médio, cheio de molho de pimenta malagueta, colocava embaixo desse uma nota de 5 cruzeiros. Quem bebesse todo o molho de pimenta, ganhava o desafio e a nota era o prêmio. Somente quem participava e se da bem no desafio era o seu compadre “Foca” o Massagista do time.
No término do seu relato, “Maíca” enalteceu o trabalho dos Dirigentes: Maneca Sampaio, Jonas Almeida, Ewerton Almeida, João Santana, José Conceição, Gileno da Farmácia Imperial e Alfredo Del Sarto.
Dos Treinadores: Maneca Mesquita, Ednaldo Rodrigues, Professor Vandé, Edvaldo do Independente de Ipiaú.

Maneca Mesquita, técnico do Jequié no ano de 1970.
José Conceição, presidente do Jequié no ano de 1970.


 Waldemir Vidal. Comentarista Esportivo.
Edmilsion, goleiro do Jequié na década de 70.

"Foca", massagista do Jequié na década de 70.
Gilson Fonseca, médico do Jequié na década de 70.

Da Imprensa: Evandro Lopes, Wilson Novaes Junior, Adilson Alves, Waldemir Vidal, Ari Moura e Souza Andrade.
Dos Jogadores: Edmilson, “Besouro”, “Tufú”, Carlinhos, Zé Augusto, Pascoal, Bara, Bajara, Zé do Bife, Paulo Sales, Manequinha, Dete Leão, “Vaduca”, Jorge Lima, Eduardo Corró, Roque Bicudo, Chinezinho, Pedro Pradera, Davi, “Caculé”, Nelito, Preta, Dilermando que estudava em Salvador e chegava à véspera do jogo, jogava praticamente sem treinar, Tanajura e Marcos.
            Do Massagista “Foca”.
Dos Médicos: Dr. Manoel Almeida e Dr. Gilson Fonseca.

E deixou uma mensagem pedindo ao “Grande Arquiteto do Universo” que Ilumine e dê sabedoria à diretoria, comissão técnica e aos jogadores da ADJ para que eles alcancem a sua meta, ou seja, subir para a primeira divisão, “pra frente ADJ”. E também parabenizou Charles Meira, por esse trabalho, que está fazendo para resgatar a memória do futebol da ADJ e evidentemente do futebol de Jequié.

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