Charles Meira
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Marivaldo Costa Azevedo (Maíca). |
Visitei com Edísio Santana em uma manhã de domingo,
Marivaldo Costa Azevedo (Maíca) e solicitei dele um relato por escrito,
contando a sua história na Associação Desportiva Jequié.
No sábado dia 14/04 entregou-me o relato. Conta que no
ano de 1968 chegou a Jequié, vindo de Irará – BA, onde nasceu em 29/09/1945.
Casou-se com Maria da Glória Del Sarto e tiveram 03 filhos: Carolina Del Sarto
Azevedo Maia, Thiago Del Sarto Azevedo e Bruno Del Sarto Azevedo. O casal foi também
abençoado até a presente data com 05 belos netos.
Que Inicialmente fez parte do elenco dos times amadores do Flamengo de
Jequié e do Independente de Ipiaú, equipes que nessa época, eram as melhores do
Estado da Bahia. Os jogadores Dilermando, Tanajura, Edmilson e Marcos também
jogaram no Independente de Ipiaú e foram campeões nestas agremiações nos anos
de 1968 e 1969.
Considerando esta época como herança bendita contou que do
time amador do Flamengo de Jequié foram cedidos mais ou menos 12 jogadores,
deles 08 titulares que atuavam a dois anos juntos na equipe, fator determinante
de tanto sucesso alcançado pela Associação Desportiva Jequié na década de 70.
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Carlinho, Edmilson, Tufú, Maíca, Zé Augusto, Pascoal, Foca e Maneca Mesquita. Agachados: Bara, Tanajura, Dete Leão, Bajara, Marcos e Heráclito. |
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Jogadores do time amador do Flamengo de Jequié que jogaram no time amador do Independente de Ipiaú: Em pé Edmilson e Maíca. Agachados: Dilermando, Tanajura e Marcos. |
Em seguida, “Maíca” citou algumas partidas, consideradas Inesquecíveis na
sua trajetória de jogador de futebol:
Bahia de Feira 0 X 3 Jequié - 05/04/1970 no Jóia da Princesa – Feira de
Santana, partida marcada por um lance contado assim por Jailson Faria na sua
reportagem para a Tribuna da Bahia de Salvador em 05 de abril de 1970: “o Jequié
vencia o jogo por 1 X 0 e as coisas estavam se tornando difíceis para o líder,
porque o Feira não se conformava com a derrota e foi todo à frente para tentar
o empate. Pois bem, o Jequié aguentava como podia. Foi então que Tanajura
sofreu uma falta perto da área e chamaram “Maíca” para bater. Para que fizeram
aquilo? “Maíca” cobrou e fez um “senhor” gol. Eram 43 minutos do segundo tempo
e isto acabava com o Feira”.
Jequié 2 X 1 Bahia – 22/03/1970 no Waldomiro Borges – Jequié.
Bahia 6 X 1 Jequié – 13/05/1971 na Fonte Nova – Salvador.
Jequié 0 X 1 Vitória da Conquista – Waldomiro Borges, nesta partida se
tivéssemos vencido, disputaríamos o título de campeão com o Esporte Clube
Bahia, porque esse campeonato foi decidido entre o campeão do primeiro turno e
o campeão do segundo turno.
Vitória 0 X 0 Jequié – 29/05/1971 na Fonte Nova – Salvador.
Depois contou alguns fatos pitorescos que ocorreram na sede da ADJ na Rua
Mota Coelho, local onde moravam os jogadores:
Dividiam o quarto “Maíca”, “Tufú” e “Besouro”. Para surpresa deles, o amigo
“Besourão” era sonâmbulo. O goleiro levantava durante a noite e saía
perambulando pela casa, oportunidade que aproveitavam a situação e o seguiam, fazendo
perguntas sobre Ipirá sua terra natal, sua infância e juventude. “Besouro”
respondia tudo normalmente, contudo quando era indagado sobre uma determinada
namorada, o sonâmbulo despertava espontaneamente.
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Maíca na concentração do Jequié jogando baralho. |
O goleiro Edmilson gostava muito
de brincar de desafio com os colegas depois do almoço. Pegava um vasilhame
médio, cheio de molho de pimenta malagueta, colocava embaixo desse uma nota de
5 cruzeiros. Quem bebesse todo o molho de pimenta, ganhava o desafio e a nota
era o prêmio. Somente quem participava e se da bem no desafio era o seu
compadre “Foca” o Massagista do time.
No término do seu relato, “Maíca” enalteceu o trabalho dos Dirigentes: Maneca
Sampaio, Jonas Almeida, Ewerton Almeida, João Santana, José Conceição, Gileno
da Farmácia Imperial e Alfredo Del Sarto.
Dos Treinadores: Maneca Mesquita, Ednaldo Rodrigues, Professor Vandé,
Edvaldo do Independente de Ipiaú.
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Maneca Mesquita, técnico do Jequié no ano de 1970. |
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José Conceição, presidente do Jequié no ano de 1970.![]() Waldemir Vidal. Comentarista Esportivo. |
Edmilsion, goleiro do Jequié na década de 70.
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"Foca", massagista do Jequié na década de 70. |
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Gilson Fonseca, médico do Jequié na década de 70. |
Da Imprensa: Evandro Lopes, Wilson Novaes Junior, Adilson Alves, Waldemir
Vidal, Ari Moura e Souza Andrade.
Dos Jogadores: Edmilson, “Besouro”, “Tufú”, Carlinhos, Zé Augusto,
Pascoal, Bara, Bajara, Zé do Bife, Paulo Sales, Manequinha, Dete Leão, “Vaduca”,
Jorge Lima, Eduardo Corró, Roque Bicudo, Chinezinho, Pedro Pradera, Davi, “Caculé”,
Nelito, Preta, Dilermando que estudava em Salvador e chegava à véspera do jogo,
jogava praticamente sem treinar, Tanajura e Marcos.
Do
Massagista “Foca”.
Dos Médicos: Dr. Manoel Almeida e Dr. Gilson Fonseca.
E deixou uma mensagem pedindo ao “Grande Arquiteto do Universo” que Ilumine
e dê sabedoria à diretoria, comissão técnica e aos jogadores da ADJ para que
eles alcancem a sua meta, ou seja, subir para a primeira divisão, “pra frente
ADJ”. E também parabenizou Charles Meira, por esse trabalho, que está fazendo para
resgatar a memória do futebol da ADJ e evidentemente do futebol de Jequié.
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