Marcionílio Antônio de Souza Charles Meira |
Coronel
Marcionílio Antônio de Souza nasceu na cidade de Condeúba, alto sertão da Bahia
em 30 de abril de 1858. Era casado com Francisca Meira de Souza (irmã de
Zezinho dos Laços), com quem teve cinco filhos.
No
ano de 1897, em Maracás pontificavam os ódios políticos, agravados pelas
inimizades tradicionais entre famílias que, na luta pelo poder, aglutinavam-se
em torno do “rabudo” Marcionílio Souza e do “mocó” José Antônio de Miranda.
Assim sendo, enquanto Jequié permanecesse na condição de distrito de Maracás os
reflexos de tais lutas, fatalmente, continuariam incidindo sobre a população,
obrigada a tomar posição nos choques entre as duas facções que se alternavam na
chefia do município.
No
final de 1911, a luta entre os “rabudos” e os “cauaçus” se tornou mais acesa,
mormente quando José, Marcelino e alguns camaradas mataram Zezinho dos Laços na
Fazenda Rochedo, localizada próximo a Porto Alegre, hoje distrito de Maracás.
Em represália, Cassiano do Areão e Marcionílio Souza, irmão e cunhado de
Zezinho, respectivamente, prepararam-se para dar cabo dos casacos, já agora
protegidos pelo chefe “mocó” Bernardino das Caraíbas.
Em
1919, o lançamento da candidatura de José Joaquim SEABRA ao governo do estado
pela segunda vez, provocou uma série de conflitos em todo o interior da Bahia,
a ponto de Horácio de Matos e Marcionílio Souza planejarem uma marcha sobre a
cidade de Salvador. Trilhos da Estrada de Ferro de Nazaré foram retirados e a ordem
só foi restaurada depois de um combate travado entre os jagunços de Marcionílio
e as tropas policiais chefiadas por Mota Coelho nas proximidades de Santa Inês.
No
segundo semestre de 1930, os conflitos entre jagunços se amiudaram de tal sorte
que nada ficaram a dever aos tempos de Zezinho dos Laços.
A
exemplo de Horácio de Matos, Marcionílio Souza pertenceu àquela estirpe de
coronéis que condimentavam o lado sanguinário e nefando do banditismo com um
código de honra em que não faltava o respeito para com a família, a velhice e
os humildes, merecendo por isso mesmo a obediência cega dos seus homens, que
não conheciam outro chefe. Fruto de um meio hostil, que os obrigava a trazer
clavinoteiros à sua sobra, foram os coronéis, por mais paradoxal que possa
parecer, em certos e determinados momentos, um instrumento de estabilidade
naquele ermo em que a lei escrita e a ação repressora da polícia se faziam
demorada. Enquadrando-se nessa esquemática, Marcionílio Souza, cujo nome foi
dado ao município outrora conhecido como Tamborí, mereceu e, prestou favores a
governantes a ponto de, em algumas ocasiões, os seus jagunços se misturarem com
os próprios saldados. Seu ar patriarcal, suas longas barbas brancas, seu porte
ereto sua voz firme e seu olhar penetrante infundiam respeito aos que dele se
aproximavam.
No
ano de 1930, as relações entre Marcionílio e o antigo canoeiro do rio das
Contas Silvino Araújo, conhecido como Silvino do Curral Novo, foram boas até o
momento que ele brigou com seu filho Tranquilino Antonio de Souza por causa de
ocupação de terras.
Com
o avançar da idade, Marcionílio se converteu numa espécie de conselheiro.
Marcionílio
Souza e Tranquilino foram presos em Maracás, chegando a Jequié no dia 10 de
novembro de 1930, onde foram expostos à execração pública.
Marcionílio
Antônio de Souza morreu na cidade de Maracás em 09 de junho de 1943.
Entrevista concedida a Charles Meira pelo
Sr. Salustiano Bernardo da Cruz, falando sobre chefe político Marcionílio.
Salustiano
Bernardo da Cruz nasceu em Maracás – BA em 08/06/1920. Em Jequié, foi
proprietário do Hotel Gruta Baiana, que ficava localizado na Praça Luiz Viana,
onde hoje está edificada a Igreja Universal do Reino de Deus.
Conta
Salustiano, mais conhecido como Saluzinho, que quando tinha 12 anos, estava
passando em frente à casa do Coronel Marcionílio, foi convidado para varrer sua
residência que ficava no centro da cidade. Pelo trabalho, ele recebeu uma moeda
de um tostão. De acordo Salu, o coronel era uma pessoa pacata e de fino trato.
Gostava de vestir calças listradas e paletó de casimira, sempre aparecendo à
corrente do relógio de ouro. Usava bengala e não portava arma na cintura. Para
Saluzinho, Marcionílio foi o chefe político mais importante da época,
contribuindo por demais para o progresso de Maracás. Contou Salu, que o coronel
era uma pessoa bondosa e gostava de ajudar os menos favorecidos. Quando
solicitado pelas pessoas, autorizava a elas comprarem alimentos na sua conta
nos barracões ali existentes. Em outras ocasiões, ajudava moradores, doando
todo o enxoval, quando da realização do casamento deles. Disse também Saluzinho,
que através do prestígio de Marcionílio junto ao governo do estado, conseguiu a
construção das estradas que ligam Maracás a Tamborí, hoje Marcionílio de Souza
e Maracás a Jaguaquara. Conta Salu, que como trabalhava para a empreiteira que
fazia a estrada, olhando as panelas que faziam o almoço e carregando água para
matar a sede dos operários, ganhando quinhentos reis por dia foi testemunha
ocular de que o coronel acompanhava de perto as obras com o seu FORD-28, o
primeiro automóvel a chegar a Maracás. O engenheiro da obra foi Dr. Eunápio de
Queiroz e o encarregado o Sr. José Caboclo. Fala Salustiano, que Marcionílio conseguiu
a construção do cemitério. Conta também Salu, que com recursos próprios, o
coronel alugava casas e contratava professores e professoras para educarem a
comunidade.
Finalizou a
entrevista relatando Saluzinho, que Marcionílio residiu no centro de Maracás
até o dia que foi preso. Depois de solto, passou a morar na fazenda Contedas de
sua propriedade, que fica localizada próximo de Maracás, com vergonha do que
aconteceu quando da sua prisão.
Oi sou neto de marcionilio Souza moro em Salvador tenho 69 anos. Filho de Rodrigo Antônio de Souza.
ResponderExcluirMinha avó por parte de mãe de nome Maria Altina era sobrinha dela eu sou sobrinha bisneta e gostaria de mais informações sobre ele, inclusive os nomes dos filhos dele que era 5 e do primeiro casamento e treis do ultimo. Como conseguir maiores informaçoes dele tais como: pai,mãe, avô, avó etc. Resido em Brasilia/DF
ExcluirVc ten foto dele
ExcluirComo e seu nome
ExcluirNao tenho foto dele, vi o rosto dele qdo li a historia dele no Google com titulo: De Tropeiro a Coronel. Ele era tio bisavo de minha mae e tio avo da minha avo Maria Altina de Souza, filha de dona Possia Magdalena e Felisberto de Souza. Infelizmnente quando descobri que ele era parente da minha avo , ela ja havia morrido. Se for possivel me passar mais informacoes sobre ele ficaria grata. Tenho uma arvore genealogica no Myheritege e sempre estou procurando informacoes . Deixar informacoes dos nossos antepassados a a nossas geracoes e muto importante.
ExcluirVocê entao é meu irmão tb sou filho de Rodrigo Antonio de Souza tenho 73 anos atualmente moro em Portugal .
Excluiroi tudo bem!
ResponderExcluirgostaria de saber sobre os filhos e netos do coronel.
pois estou em busca de formar minha arvore genealogica.
talvez meu pai seja seu primo.
oie boa tarde sou adriana macionilo e meu bisavó,
ExcluirSou neto de Marcionilo de souza e filho de Rodrigo Antonio de Souza tenho 73 anos e moro em Portugal
ExcluirSou bisneta de Marcionilio
ResponderExcluirolá! me chamo paula, sou bisneta. meu numero (71)982099522 podemos montar um grupo dessa grande familia . meu pai sempre me contou sobre meu bisa e com muito orgulho dele.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirBoa noite,Maria Helena
ExcluirVocês fizeram o grupo do Whatsapp?
Sou bisneta de Marcionilio
Moro em Jequié.
Vc mora ha muito tempo em Jequie, pois a familia do meu pai viveu muto tempo por ai. A minha avo paterna viveu p/ai antes de mudar para Almenara, o nome dela era: Delmira Alves Luz, ela faleceu em 1971, sera que nao existe alguem por ai que a tenha conhecido?. meu zapp e: 61981488861, preciso informacoes sobre o primeiro marido dela que era Teodoro Moreira dos Santos, o segundo chamava-Arcelino Antunes Luz ( ambos ja falecidos. qualquer coisa entre em contato comigo
ExcluirSou casada com o Neto de macilnilio de Souza .
ResponderExcluirSou filho de um dos homens do coronel não sei se é esse coronel mas meu pai trabalhou para um coronel aí em Jequié Bahia
ResponderExcluirO nome da mãe do meu pai é Guilhermina Maria dos Anjos o nome do pai do meu pai é Clemente Antônio da Silva e o nome do meu pai que trabalhava pro coronel é José Antônio da Silva
ResponderExcluirMeu é natural de Jequié Bahia
ResponderExcluirMeu pai era conhecido como caboclo aí em Jequié e aqui em São Paulo também porque ele teve que vir embora. Houve uma emboscada ele avisou os companheiros pra não saírem em uma festa na cidade vizinha eles não acreditaram em meu pai e foram e infelizmente não poderam voltar. Meu era o homem que ia nas casas dos valentões que compravam animais das pessoas e não pagavam e ainda por cima batia nos credores. Ao mandado do coronel meu ia casa buscar o valentão se o valentão resistisse meu desmaiava o cara no murro depois quebrava os ossos pro cara não prestar pra mas nada assim meu pai contava
ResponderExcluirSabem alguma coisa sobre isidio coqueiro,trabalhava para o coronel , isidio é meu avo, ele ja faleceu, mas queria ver se encontro algum parente dele
ResponderExcluirÓtima matéria!
ResponderExcluirFonte de pesquisa ímpar!
Oi meu pai e neto de maciunilio de souza meu pai e filho de popilho e de dona Arlinda no certidão do meu pai não pode conter o né do popilho pra não localizarem o o avô dele o senhor maciunilio Souza,,mas cresci ouvindo meu pai falar dele ,,gostaria de ter conhecido patentes deles ou ate mesmo participar de zap34992945658
ResponderExcluirBoa noite, meu avô foi mensageiro(carteiro)de marcionilio de Souza, e conheço um rapaz que é descendente dele, e tmb.na cidade de itiricu ba , tem parentes de marcionilio.
ResponderExcluirBooa Noite conhecí um dos homens que fazia parte do grupo de Marcionilio , ele se chamava João Paulo e Faleçeu no municipio de Irajuba.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi me chamo Henrique sou natural de Coronel Fabriciano, Minas Gerais. Sou tetraneto do coronel Marcionolio. Atualmente existe muitos parentes nossos na cidade de Maracás Bahia. Meu número é 319972120910
ResponderExcluir