Resultados divergentes de pesquisas acirram discussões sobre sucessão em Jequié

Duas pesquisas eleitorais realizadas no mês de junho último em Jequié, pelos Institutos IBAPE e BAPESP, ambos sediados em Salvador, apresentam números totalmente divergentes em relação aos prováveis pré-candidatos a prefeito do município em 2016. Os resultados divergentes das duas pesquisas geram dúvidas e suscitam o debate sobre a precisão de levantamentos de intenção de votos. A justificativa dos institutos, é de que a diferença deve-se ao uso de metodologias distintas. O que acirra a discussão entre as partes interessadas, em relação aos três nomes mais citados, tanto no critério espontâneo (quando o entrevistado aponta o nome de sua preferência) e a estimulada (quando o pesquisador coloca os nomes para o entrevistado escolher), é que existem diferenças na ordem e nos números de acordo com os dados das duas pesquisas. Pelo IBAPE, o nome do deputado Antônio Brito (PSD), lidera com amplo percentual de diferença em relação ao segundo colocado, o prefeito interino Sérgio da Gameleira (PSD) e o terceiro colocado Dr. Fernando (PV); já na pesquisa do BABESP, Sérgio da Gameleira lidera, seguido de perto por Dr. Fernando e na terceira colocação está Antônio Brito. Em ambas as pesquisas os pré-candidatos de outras siglas não alcançaram os dois dígitos.

O blog Jequié Repórter fez contato com um professor de Estatística da UFBa, com mestrado e doutorado em Pesquisas de Opinião [solicitou reserva do seu nome] indagando sobre o assunto, tendo o mesmo nos encaminhado por escrito os seguintes esclarecimentos: “Os dois institutos analisaram o mesmo cenário, possivelmente com um corte do eleitorado e, as metodologias utilizadas podem ter interferido nos resultados… Pesquisas feitas em datas muito próximas teriam que captar resultados próximos, independentemente dos instrumentos utilizados…É possível que um instituto fez abordagem em locais movimentados, enquanto o outro entrevistou pessoas no local de trabalho ou em suas residências”. Para o professor não existe nada de inédito nessa divergência de números “até porque nenhum dos nomes citados tiveram seus nomes confirmados pelas convenções partidárias e não foram definidas as coligações fatores que exercem grande influência na decisão do eleitorado”, concluiu. (Jequié Repórter)