A Câmara de Vereadores de Jequié ficou lotada de pessoas na noite de 29 de abril para ouvir as palavras do senador Álvaro Dias, líder do Partido Verde no Senado Federal. O seminário Conjuntura da Política Nacional contou com a presença de representações de vários segmentos da comunidade jequieense, de delegações do Partido Verde de vários municípios baianos, de representantes de diversos partidos políticos, de pré-candidatos a prefeito da oposição, do presidente do PV na Bahia, Ivanilson Gomes, dos deputados estaduais Leur Junior (PMDB) e Sandro Régis (DEM), do ex-deputado federal Leur Lomanto e dos deputados federais Uldurico Junior (PV) e Arthur Maia (PPS).
Fundador do Partido Verde em Jequié e responsável pelo convite ao senador Álvaro Dias, o jornalista e escritor Domingos Ailton disse poeticamente “que as montanhas de Jequié são os braços da população jequieense que abraçam visitantes da qualidade de Álvaro Dias”, lembrando que o senador deixou Brasília no momento de efervescência no Senado onde iria conceder entrevista ao Jornal Nacional para poder cumprir o compromisso de agenda em Jequié. Domingos Ailton disse ainda que “Jequié além de Cidade Sol vai ficar conhecida como Cidade Verde, uma vez que ele acredita que o município a partir de 2017 terá o primeiro prefeito do Partido Verde e concretizará o programa de desenvolvimento sustentável proposto pelo Projeto Jequié Terceiro Milênio.
O pré-candidato a prefeito de Jequié, o médico Fernando Vieira, destacou que o senador Álvaro Dias é um nome respeitado em todo Brasil cuja trajetória política é exemplar no executivo e no parlamento brasileiro, se reportando ao fato do político ter sido apontado pelo Datafolha como o melhor governador do Brasil, quando administrou o estado do Paraná e foi escolhido, por meio de votação realizada no site Congresso em Foco como o melhor senador do País. Fernando Vieira lembrou que são nos municípios brasileiros os locais onde as pessoas residem e “não podemos pensar em desenvolvimento econômico local sem pensar e uma reforma tributária que possa dar condições aos municípios de recuperar o conjunto de competências necessárias ao seu exercício que significa a gestão do dia a dia da população. Para isso é preciso que recursos sejam destinados, mas não basta somente isso. É preciso honestidade, competência e planejar para gerir administração pública municipal. Aqui em Jequié não temos nem honestidade e nem competência na gestão pública e planejamento só tem para roubar o dinheiro público”, afirmou.
O senador Álvaro Dias disse que “o impeachment da presidente Dilma Rousseff está alicerçado em dois pilares cruciais: expressivo apoio popular e sólidas bases jurídicas. As chamadas “pedaladas fiscais”, comprovadas pelo julgamento qualificado do TCU, se somam à suplementação de verbas sem autorização do Congresso Nacional. Na verdade, o processo de afastamento da presidente da República tem como vértices: o atestado da corte de contas de que malabarismos fiscais contribuíram para a crise econômica; e as revelações da Operação Lava Jato de que o petrolão irrigou o projeto petista de poder.”
Álvaro Dias destacou que o Congresso Nacional virou um balcão de negócios e que “se os políticos não mudarem o comportamento vão ser atropelados pelo povo”.
“A sociedade brasileira, perplexa, se confronta com um momento de tragédia política sem precedentes”, ressaltou Álvaro Dias. O senador foi didático ao explicar as chamadas “pedaladas fiscais”. De acordo com ele em julho de 2013, dois anos e meio antes de as “pedaladas fiscais” embasarem a abertura do processo de impeachment, e pelo menos um ano antes do início da campanha pela reeleição, técnicos do Tesouro elaboraram um denso diagnóstico sobre a situação fiscal e econômica do país. O documento, mantido em sigilo, alertava a cúpula do governo sobre os riscos da contabilidade criativa para a credibilidade da política fiscal. “Fica evidenciado que houve completa indiferença por parte do governo aos alertas dos técnicos, que projetavam um “déficit sem perspectiva de redução” e falavam em “esqueletos” que teriam de ser explicitados”.
“ É preciso denunciar com veemência que o descrédito da política fiscal deve ser considerado um dos principais fatores responsáveis pela recessão de mais de 3% projetada para este ano. As “pedaladas fiscais” reprovadas pelo TCU são o combustível da crise política em curso. Para ganhar as eleições de 2014 foi adotado o vale-tudo, sem receio de cometer crimes que hoje ensejam o pedido de impeachment”, salientou.
Além das “pedaladas”, segundo o senador do Partido Verde, “o governo usurpou a competência do Poder Legislativo ao dispensar a autorização do parlamento para a edição dos decretos de suplementação, que serviram para tapar buracos da incompetência gerencial do Executivo. Mas foi a Lava Jato, sob o comando do competente juiz Sérgio Moro, que mais comoção provocou no povo brasileiro diante do desvio de milhões de reais para o financiamento de interesses partidários.”
Álvaro Dias disse que o problema crucial enfrentado pelo País é a dívida pública e pontuou que “nessa etapa derradeira do processo de impeachment, o Senado da República deve atuar com agilidade, responsabilidade e competência no julgamento da presidente da República. É preciso virar essa página e dar início a um novo capítulo da história republicana”. (Secretaria de Comunicação do Partido Verde de Jequié).
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