A ARTE DO PALHAÇO E A METAFÍSICA DO MAIS PURO E O SINCERO OLHAR DA CRIANÇA

A arte do palhaço existe porque os homens precisam ri. Ri, nem que seja de si mesmos, da sua própria dor, da sua própria desventura. E, no paradoxo do tempo e da vida, às vezes, sorriso e lágrimas se confundem. No doce sabor de um sorriso podem se esconder lágrimas que choram. O palhaço que faz ri, também chora. A arte do palhaço apenas se encarrega de expressar sentimentos, a realidade da vida e a certeza ou a incerteza dos fatos num conturbado universo em desencanto. No mais puro e sincero olhar da criança encontram-se todas as verdades da vida; toda a perfeição do homem no seu estado mais puro; no seu estado mais completo e ingênuo. O olhar do adulto (também do palhaço) sobre algo ou alguém é bem diferente do olhar da criança sobre esse algo ou alguém. O olhar do homem, não raro, é carregado de conceitos errôneos, de ideias equivocadas e de traços da própria deterioração humana. Já o olhar da criança carrega em si a própria beleza da vida em toda a sua dimensão que os mistérios da metafísica lhe reservam. E, às vezes, no admirável e popular (e também metafísico) circo da vida, encontram-se o olhar sincero da criança e o sorriso do palhaço. PROFESSOR JORGE BARROS  - PRESIDENTE DA COMISSÃO DE MOBILIZAÇÃO - EM DEFESA DA CRIAÇÃO DA UNERC - A AUTONOMIA NO ENSINO SUPERIOR PARA JEQUIÉ E REGIÃO (Junior Mascote)