sábado, 19 de dezembro de 2015

Jequié: contra o fechamento do “Lixão”, catadores fazem mobilização e pedem providências da prefeitura

Noticia 5306
Muitos catadores na Câmara de Vereadores protestam contra o fechamento do Lixão. Foto: Gicult
O aterro sanitário de Jequié, conhecido como “Lixão” devido às péssimas condições de funcionamento e aos problemas ambientais que causa, está em volta com uma questão social grave.
Depois que o Ministério Público (MP) determinou as medidas para melhoria do local e a Prefeitura não tomou as providências a tempo, o prazo se expirou e na próxima terça-feira, 22 de dezembro, o local será fechado, o que causará grades prejuízos financeiros para as dezenas de famílias que vivem da coleta de materiais recicláveis.
Temendo ficar sem este meio de sobrevivência, os catadores já realizaram diversas manifestações no interior da Câmara de Vereadores, já se reuniram com os vereadores da Comissão de Meio Ambiente, mas nada ainda foi resolvido. Uma comissão que os representa e também os integrantes da Cooperje (Cooperativa) reuniram-se recentemente com o Secretário de Infraestrutura, Ricardo Chaves, junto com os integrantes do Conselho de Desenvolvimento Social e da Coordenação do Conselho Municipal de Saúde de Saúde para buscarem uma saída para questão sem prejudicar as famílias que trabalham no “Lixão”.  
Segundo os participantes dessa reunião, é necessário haver a ampliação do prazo estipulado pelo Ministério Público (MP) para se estabelecer medidas que não prejudique os trabalhadores, verificar as formas de integrá-los na Cooperativa e, acima de tudo, não interromper o trabalho deles sem apresentar uma alternativa de renda e outras formas de apoio.   
Para Rita Rodrigues, do Conselho Municipal de Saúde, o fundamental no momento, para se resolver definitivamente a questão, é a prefeita enviar com urgência um projeto de lei para a Câmara de Vereadores com o propósito de estabelecer a Política Municipal de Resíduos Sólidos no município. Com a legislação específica, será possível implementar as ações, contratar as empresas, se necessário, e também haver o acompanhamento e fiscalização pelas entidades que realizam o controle social, acrescentou Rita.
Enquanto isso, preocupados com a situação, os catadores do “Lixão” compareceram em grande número na Câmara nesta quinta-feira, dia 17, para solicitar apoio dos edis à sua causa. O presidente da Câmara, Eliezer Fiim, afirmou que já entrou em contato com as instituições envolvidas e também com o MP solicitando uma solução e o alargamento do prazo para o fechamento do Aterro. O mesmo disse o vereador Pé Roxo, que tem acompanhado a questão e cobrado do Executivo as providências para esta questão ambiental e social tão grave.
Como não há solução à vista, e no desespero, os catadores disseram que vão resistir ao fechamento do “Lixão”, através de manifestações no local.  “Não temos outra forma de trabalhar e sobreviver honestamente. Por isso vamos lutar para manter o sustento de nossos filhos”, afirmou um deles na Câmara de Vereadores. 
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Reunião com os Conselhos de Saúde, Desenvolvimento Social, Sec. de Infraestrutura e Cooperje sobre o fechamento do Lixão. Foto: Gicult

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