Interditado há quase dois anos, Prefeitura de Jequié começou reforma do Museu neste mês de agosto. Foto: Gicult
Em Jequié, depois do retrocesso da atual gestão no setor cultural, muitos artistas cobram melhoria para o setor e outras lembram dos momentos em que existiam alguns projetos em execução que estimulavam a atividade artistica e também havia a preocupação com a manutenção e funcionamento dos equipamentos culturais, como a Biblioteca. É o que faz Bené Sena, um músico conhecido na cidade, através do texto abaixo. Leia-o:
Instalado num antigo prédio, no centro da cidade, na avenida mais movimentada, e para mascarar a inexistência de políticas para cultura, entregarão com pompas e circunstância o Museu Histórico de Jequié. Servirá como fachada oficial para ludibriar. Aproveitemos, façamos de conta que estamos felizes. Será útil, mas somente atenderá um pequeno aspecto da nossa vida cultural. "O direito à participação da vida cultural", de gozar das artes e de aproveitar dos progressos e dos benefícios que delas acontecem tem sido negado aos jequieenses.
Atividades básicas
A PMJ, como Estado, governo, tem negado as condições materiais para o estabelecimento de uma vida cultural digna e justa. Escola de Musica, Teatro, Dança, Artes Plásticas, incentivo a leitura e outras atividades que ajudam no surgimento de talentos não mais existem. Estas atividades é que são básicas para o fortalecimento cultural de um povo. A lei que criou a Secretaria não é cumprida. Os 3% do orçamento não são utilizados e o contrato dos Instrutores de Atividades Artísticas por concurso público seria a saída lógica dando plena vida ao setor.
Patético
Não deixa de ser patético reunir um gabinete inteiro para contratação de um museólogo, com todo respeito ao profissional. Como nos falta memória, não custa lembrar a todos o crime que cometeram com a Biblioteca Municipal. Falar nisso contrataram o Bibliotecário, que é dos projetos de incentivo para a biblioteca?
Apenas para esclarecer, precisamos de Núcleo de Teatro, Corpo de Dança do Teatro Municipal, Coral do Município, Núcleo de Educação Musical, Orquestra do Teatro Municipal, Fanfarras das Escolas Municipais, Filarmônica. Essas coisas geram futuro, vida, beleza, e renda para quem faz artes. O Museu, Deus que me perdoe, será entregue só e exclusivamente para não ficar feio demais. Que venham os fogos de artifícios no mês de outubro, tão comuns nas inaugurações na nossa Aldeia. Os cupins repintados pela cores municipais que residem no Museu Histórico agradecerão o ato cívico, extremamente cultural. Quem sabe cantarão os belos versos do velho Novaes, assassinados na melodia ridícula do hino de Jequié para completar o ato. Estou comovido e choroso só em lembrar. (Fonte: Por Benedito Sena, músico e ex-Secretário Municipal de Cultura de Jequié)
Em outras gestões, a Secretaria de Cultura de Jequié tinha um Coral e outros projetos em execução. Foto: Gicult
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