Jaguaquara: Em plena estiagem, caminhão-pipa da Prefeitura lava ruas e causa polêmica

Imagens foram flagradas pela população e circulam na rede social

Em plena estiagem que assola a região, um caminhão-pipa da Prefeitura de Jaguaquara tem sido usado para lavar vias públicas, inclusive um trecho da BR-420, no perímetro urbano de Jaguaquara desde o início da semana, conforme denúncia do vereador Nildo Pirôpo (PT), que utilizou a sua página pessoal na rede social (Facebook) para questionar o assunto, com imagens que foram registradas, segundo o parlamentar, pela própria população, que também faz questionamentos na internet. Uma professora na rede social, inconformada com a situação diz: ”em tempos de crise econômica e racionalização de água, prefeitura de Jaguaquara disponibiliza funcionário e carro-pipa para lavar o asfalto na localização do trevo da Onça. Enquanto isso, parte da população sofre com a falta de água, com a sujeira e matagal que tomam conta da cidade. Qual seria a justificativa agora?”, Questiona.

Homem lava perímetro urbano da BR-420 e causa polêmica

Após enfrentar duras críticas, a Prefeitura de Jaguaquara, que tem alegado dificuldades financeiras e chegou a demitir servidores no fim do ano passado com salários em atraso, rebateu as reclamações. O responsável pelo setor de limpeza pública do município, Sidney Senna, durante entrevista a Rádio Povo AM, disse na tarde desta sexta-feira (30) que a administração trabalha com seriedade e revelou que lavou o local devido às sujeiras causadas pelo trânsito na área central da cidade. Além disso, segundo o representante do governo municipal, a água usada pelo caminhão-pipa é imprópria para o consumo, e captada na numa represa do Distrito Stela Dubois. Disse ainda que a Prefeitura trabalha para a maioria, e que uma minoria estaria tentando desqualificar o trabalho da gestão. O caso ainda rende discussões calorosas entre populares e pessoas ligadas à administração na rede social. O fato do veículo utilizado para transportar a água imprópria para o consumo ser o mesmo usado pelo poder público para abastecer residências em localidades que sofrem com a falta d’água em Jaguaquara, pode ter sido o grande ”estopim” da polêmica. (Marcos Frahm)