Ao completar dois anos, a atual administração
pública de Jequié ainda não realizou sequer um projeto cultural que viesse
beneficiar efetivamente a comunidade local. Diante de tal conjuntura, torna-se
necessário que os nossos representantes entendam a importância das políticas
públicas para a cultura na formação de uma sociedade mais humana, visto que,
trata-se de obrigação legal do Poder Público estabelecido promover o efeito das
ações socioculturais no processo civilizatório da população. Os jovens jequieenses,
principalmente aqueles residentes em distritos e bairros da periferia, nunca
foram ao cinema, teatro, museu, espetáculos de dança, recitais, exposições de
artes plásticas e eventos de conteúdo cultural. Nunca exerceram o direito
ou tiveram a oportunidade de participar de projetos culturais, e assim,
expressar seus dotes e talentos artísticos. O que nos leva à desastrosa perda
da identidade cultural do município.
Jequié, atualmente dispõe dos seguintes
equipamentos culturais: Centro de Cultura, Casa da Cultura, Teatro Municipal,
Biblioteca Municipal e Velas Culturais, além de avanços como, Conselho de
Cultura e Fundo Municipal de Cultura, que apesar de sucateados, nos colocam em
destaque, se comparado a outras cidades da região. Porém, diante deste cenário
aparentemente positivo, nos falta uma política determinada para o setor. Ainda
não foi instituído um Plano Cultural e sistematização que nos possibilita
receber recursos do Ministério da Cultura, de ONGs, organismos internacionais,
dentre outros.
O fato é que, a Secretaria Municipal de Cultura tem
um custo operacional em torno de 350 mil reais por ano e a única justificativa
para os gastos com o setor é a realização dos festejos juninos, que, inclusive
é alvo de denuncias de irregularidades por parte da imprensa local. O que força
o Poder Legislativo, em cumprimento de suas funções, exigir prestação de contas
dos gastos com o São João de 2013 e 2014. Com um secretário de cultura
interino, iniciamos o penúltimo ano da administração de Tânia Britto. Se
providencias não forem tomadas para a volta da normalidade no setor cultural,
teremos não só uma desastrosa ingerência administrativa, como um crime
histórico cometido contra a produção cultural do município de Jequié.
Atenciosamente,
PLENACULTURAL
Astro Brayner
Val Rodrigues
Thiago Barreto
Jorge Barros
Wenceslau Junior
Bené Sena
Alysson Andrade
Gidásio Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário