quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Plenacultural apresenta diagnóstico e critica gestão da Cultura municipal de Jequié

Dirigentes fundadores da Associação Plenacultural em explanação na Câmara de Vereadores de Jequié
Dirigentes fundadores da Associação Plenacultural em explanação na Câmara de Vereadores de Jequié
Para explanar e discutir um diagnóstico técnico elaborado em relação à gestão da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Jequié, a Associação Plenacultural utilizou espaço da tribuna livre da Câmara de Vereadores de Jequié, na sessão desta quarta-feira (24/9). O professor Jorge Barros, membro fundador da entidade fez a abertura da explanação dando ênfase ao movimento que levou a criação da entidade e a luta travada ao longo de 12 meses com a administração do município, para que fossem nomeados os membros eleitos do Conselho Municipal de Cultura, empossados em 23 de janeiro deste ano, após recomendação feita pelo Ministério Público Estadual. Coube ao produtor cultural, Alysson Andrade discutir o diagnóstico, no qual foram enumerados itens, que na avaliação dos artistas revelam a ineficiência da gestão do setor: Espaços culturais fechados (dentre os quais a Biblioteca Central que passará a dividir espaço físico com o SINE/Bahia) e o Museu Histórico, desativado para reforma, sem especificação das obras a serem realizadas (com recursos da ordem de R$ 160 mil) sem que fosse estabelecido um prazo para reabertura; ausência de política cultural definida (programas e ações continuadas); Legislação: percentuais de investimentos previstos em leis de execução do Fundo Municipal de Cultura (Lei nº 1.787/2008); execução orçamentária de 2014 (LOA/QDD Cultura); Diagnóstico Cultural; Concurso Público e aplicação do Plano Municipal de Cultura.  Alysson citou ainda as desativações dos espaços físicos da Casa da Cultura Pacífico Ribeiro, Filarmônica Amantes da Lira e do Teatro Municipal, que segundo ele, vem servindo apenas para sorteios de moradores do programa Minha Casa Minha Vida, reuniões institucionais e solenidades de formaturas.
Apenas o São João – Mesmo reconhecendo o festejo do São João como a principal festa popular atraindo turistas e divulgando o município, o direcionamento dado à organização do evento foi criticado pelo fato da Secretaria de Cultura, concentrar sua atuação apenas na organização anual da festa popular em detrimento a outras atividades. “Se fosse apenas para fazer o São João, não precisaria teria uma Secretaria com todos os gastos, bastava uma diretoria com vinculação orçamentária ao gabinete da prefeita”, comentou. Na sua avaliação, baseado nos extratos dos contratos publicados pela Prefeitura, foram gastos R$ 2.203.912, com a realização da festa deste ano, excluindo-se desse montante,  contratos com dispensa de licitações e as festas realizadas em bairros, distritos e povoados. Foi dito ainda pelo produtor cultural, que o setor está engessado, tendo ressaltado que as críticas feitas não tinham direcionamento pessoal em relação ao secretário Sérgio Melhem, “que nós pedimos a prefeita para que viesse a ser nomeado para o cargo”, no entanto, considerou que seria uma postura correta de Melhem, “já que não estão lhe dando condições de trabalho, para fazer jus ao salário que recebe, entregar o cargo a prefeita e retornar para Porto Seguro”, sugeriu. “A nossa esperança era de que ele não caísse na mediocridade em que está relegada a pasta da Cultura em nosso município”, acrescentou. Outros membros da diretoria da Plenacultural, a exemplo do presidente Astro Brayner, dentre outros associados,  também fizeram citações criticando a situação em que se encontra a gestão da Secretaria da Cultura em Jequié. (Jequié Repórter)

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