terça-feira, 19 de agosto de 2014

Comissão da Verdade suspeita que ditadura planejava morte de Glauber Rocha


Acusado de difundir calúnias contra regime militar no Brasil e classificado como “um dos líderes da esquerda no cinema”, sendo o que “mais atuava na campanha contra o país, na Europa”, o cineasta Glauber Rocha foi vítima de espionagem e perseguição pela ditadura. Ontem, (16) a Comissão Estadual da Verdade revelou documentos produzidos pelas Forças Armadas contra o diretor.
A entrega do dossiê militar à família foi feita no Parque Lage, na zona sul do Rio de Janeiro, com uma série de atividades que marcaram os 50 anos do filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, completados no último dia 10. Oficialmente, Glauber morreu de septicemia, uma infecção generalizada, na década de 1980.
Produzidos pelo Serviço Nacional de Informações (SNI), os documentos compilam atividades do cineasta, declarações dadas aos jornais de fora do país e lista artistas ligados a Glauber e que criticavam o regime militar, como, também o cineasta Luiz Carlos Barreto, apontado como “porta-voz da esquerda cinematográfica nacional”.
Um dos documentos lembra que Glauber foi preso por ter vaiado o presidente Castello Branco, em 1965, e acusa o diretor de ter “difundido calúnias” ao denunciar a jornais ingleses torturas e perseguições no Brasil pela ditadura. (Com informações da Agência Brasil) (Enfoque Cultural)
Dossiê foi entregue à família do cineasta baiano
Dossiê foi entregue à família do cineasta baiano

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