Ontem, a convite do Amigo Né (Neilson Santos), fomos assistir ao Show de
Xangai, artista que desde início da Década de Oitenta aprendi a ouvir e admirar
suas interpretações.
O show aconteceu do salão de eventos da AABB. A sonorização foi
feita por João Araújo.
Ao chegar, fiquei alegre com o público. O espaço
já se encontrava quase cheio e antes da atração principal entrar, já não
sobravam cadeiras.
O Show começou com belas apresentações de músicas
clássicas num duo de Flauta e Violão, interpretadas pela dupla João Liberato e
Ricardo Vieira.
Quando a dupla fez a introdução para a entrada de
Xangai, foi uma festa, e o artista de modo simples e se sentindo em casa,
interpretou as árias sertanejas de Elomar, contou causos, levou ao palco novos
artistas e voltou cantando suas interpretações mais populares que, em sua
maioria foram cantadas em coro com o público.
O público foi um show a parte, pela educação e
paciência.
Entre uma interpretação e outra, o público
testemunhava o esforço do artista em conseguir ouvir o retorno, o que pedia com
gestos...
De forma bastante educada e gentil, o artista
reclamou do som e do local e, como Ser Humano e ser político que todo artista
deve ser, reivindicou um teatro para Ipiaú, elogiando o público e afirmando que
Ipiaú merece, pois tem público e valores que justifiquem um espaço digno de
grandes espetáculos.
Até quando um ruído inesperado surgiu no meio de
uma canção, talvez por um contato indesejado, o artista levou na graça e o
público aplaudiu-o.
O belo do show ao vivo, é o improviso, a
adaptação das composições a realidade do lugar, é sair da perfeição dos
círculos que compõem harmonia de um DVD ou LP. E Xangai fez isso, acrescentou
uma frase o Rio Gongogi, fazendo alguns moradores de Dário Meira presentes
aplaudirem e, eu também... Ele brincou com suas músicas. Ensinou ou nos lembrou
de novamente, "que o artista deve ir onde o Povo está".
Parabéns da UDV e todos que proporcionaram esse
belo evento para Ipiaú e região.
Xangai e seus amigos, já "tô com saudade
d'ocê".
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