quarta-feira, 14 de maio de 2014

Jequié: para APLB, proposta da prefeitura não respeita o Plano de Carreira e traz perdas



Gidasio, do Gicult, e Del Santos, da Jequié FM, entrevista CAroline Brito, dir. da APLB. Foto: Gicult
Gidasio, do Gicult, e Del Santos, da Jequié FM, entrevista CAroline Brito, dir. da APLB. Foto: Gicult
Depois de mais uma rodada de negociação entre a diretoria da APLB-Sindicato e a prefeitura de Jequié na tarde de ontem, terça-feira (13), o governo apresentou uma proposta de reajuste salarial e reafirmou o pagamento do Piso para o nível I, início da carreira, com o percentual de 8,32%, mas ainda permanece o impasse.
A entrevista
Em entrevista ao site GICULT na tarde desta quarta-feira (14), Caroline Brito (Carol), Diretora Geral da APLB Delegacia do Sol, disse que o governo fala em avanço nas negociações, mas ainda está desrespeitando os percentuais do Plano de Carreira, uma lei municipal que estabelece os índices para a remuneração dos professores em níveis diferenciados, levando-se em conta a graduação e a qualificação profissional de cada um.
E o nível superior?
Nesse sentido, pontua Carol, “não sei se podemos considerar tanto um avanço nas negociações, pois o governo aplicou o Piso, que é uma lei Federal, no nível I, majorando o salário para R$ 1.697,00 para quem tem 40 horas, ou seja, para os educadores que trabalham dois turnos. No entanto, perguntamos: como fica a situação dos professores que têm nível superior? O Piso que eles aplicaram foi apenas para os professores que têm o magistério", atualmente em torno de 40 pessoas num universo de mais de 700, acrescentou, ao lado de outros membros da diretoria da APLB, as professoras Angela Menezes, Rita Cortes e do professor Lelito Caictano.
Fora da lei
Carol acrescentou que a categoria reivindica o cumprimento “da lei do Piso e também a da lei do Plano de Carreira. Piso e carreira andam juntos. Na proposta, a prefeitura – através da Comissão de Negociação - não reconhece a carreira a partir do nível II e propõe a partir deste um reajuste linear de 6,78% até o nível IV, estabelecendo uma perda de mais de 10% - de 18,9%, o nível II iria para 8,47% - logo de saída. É como se pegasse a carreira do professor e rasgasse”. Por isso, continua a sindicalista, “falamos que o governo ainda está fora da lei porque não quer aplicar também o que estabelece o Plano de Carreira”.
A solução
Perguntada sobre em quais condições a greve poderia terminar, Carol disse que para isto só basta o governo cumprir o que estabelece o Plano. “Na mesa de negociação, falamos que para terminar a greve os professores até aceitam dividir os valores referentes aos percentuais interníveis do Plano até o final deste ano. Não estamos sendo intransigentes. Queremos uma solução”, afirmou a sindicalista, que concedeu a entrevista também ao repórter Del Santos, da rádio Jequié FM.
Assembleia geral
No dia de hoje, a greve completa 15 dias e a pauta de negociação salarial da categoria foi entregue à prefeitura no mês de janeiro. Uma assembleia geral está marcada para esta quinta-feira (15), à tarde, no auditório da Terceira Visão. (Gicult)

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