Por Dalva Rebouças – Psicanalista Clínico |
O governo de São Paulo, preocupado com o
alto índice de violência praticada por jovens, arquiteta soluções.
A mídia convoca profissionais ligados à
justiça, direitos humanos, policiais e representantes do povo para debater
fatos e estratégias de controle à criminalidade do adolescente.
Fato é que, assim como o corpo humano é
formado de célula em célula, o corpo de uma sociedade é semelhante. A primeira
célula social e a mais importante é a família, que apesar dos programas de
governo, muitos assistencialistas, são insuficientes para garantir os direitos
básicos dos cidadãos. Essa família mesmo assim, não pode se esquivar de sua
responsabilidade e participação na formação dos filhos, nem pode se eximir de
culpa. Tão pouco poderá agir sem a ajuda e interferência dos poderes que regem
a nossa forma de governo.
A Escola como segunda célula que apesar
dos subsídios governamentais e do amparo das leis, ainda carecem de recursos
como: melhores salários e mais qualificação para seu corpo docente e mais,
precisa de uma equipe específica de apoio para detectar, analisar, prevenir e
coibir a violência, levando em consideração os estudos e escritos de Ana
Beatriz B. Silva, no seu livro “Mentes perigosas nas Escolas – Bullying”.
Equipe que será composta por profissionais Psicanalistas, Psicólogos e
Advogados, dará suporte à direção das Escolas públicas.
As demais células que compõem uma
sociedade, também são afetadas por todo tipo de rebeldia e criminalidade
precoce dos jovens e poderão contribuir sobremaneira no sentido de apoiar e
incentivar as medidas preventivas, oportunizando cursos diversos
profissionalizantes, estágios, contratos, o primeiro emprego, etc.
Não podemos esquecer de que mentes
doentias existem e precisam de uma atenção diferenciada, no sentido de tratar
quando for possível, nem podemos ignorar o fato de que muitos desses jovens são
aliciados, ainda crianças, por adultos impunes que não só vagabundos, são
também familiares, empresários, políticos, policiais.
Creio que seja por aí o caminho para
amenizar a violência e conscientizar a juventude brasileira de seus direitos e
deveres e de suas responsabilidades em construir o Brasil do futuro.
Por Dalva Rebouças – Psicanalista Clínico
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