quinta-feira, 18 de abril de 2013

Diminuição da Maioridade

Por Dalva Rebouças – Psicanalista Clínico

O governo de São Paulo, preocupado com o alto índice de violência praticada por jovens, arquiteta soluções.
A mídia convoca profissionais ligados à justiça, direitos humanos, policiais e representantes do povo para debater fatos e estratégias de controle à criminalidade do adolescente.
Fato é que, assim como o corpo humano é formado de célula em célula, o corpo de uma sociedade é semelhante. A primeira célula social e a mais importante é a família, que apesar dos programas de governo, muitos assistencialistas, são insuficientes para garantir os direitos básicos dos cidadãos. Essa família mesmo assim, não pode se esquivar de sua responsabilidade e participação na formação dos filhos, nem pode se eximir de culpa. Tão pouco poderá agir sem a ajuda e interferência dos poderes que regem a nossa forma de governo.
A Escola como segunda célula que apesar dos subsídios governamentais e do amparo das leis, ainda carecem de recursos como: melhores salários e mais qualificação para seu corpo docente e mais, precisa de uma equipe específica de apoio para detectar, analisar, prevenir e coibir a violência, levando em consideração os estudos e escritos de Ana Beatriz B. Silva, no seu livro “Mentes perigosas nas Escolas – Bullying”. Equipe que será composta por profissionais Psicanalistas, Psicólogos e Advogados, dará suporte à direção das Escolas públicas.
As demais células que compõem uma sociedade, também são afetadas por todo tipo de rebeldia e criminalidade precoce dos jovens e poderão contribuir sobremaneira no sentido de apoiar e incentivar as medidas preventivas, oportunizando cursos diversos profissionalizantes, estágios, contratos, o primeiro emprego, etc.
Não podemos esquecer de que mentes doentias existem e precisam de uma atenção diferenciada, no sentido de tratar quando for possível, nem podemos ignorar o fato de que muitos desses jovens são aliciados, ainda crianças, por adultos impunes que não só vagabundos, são também familiares, empresários, políticos, policiais.
Creio que seja por aí o caminho para amenizar a violência e conscientizar a juventude brasileira de seus direitos e deveres e de suas responsabilidades em construir o Brasil do futuro.
Por Dalva Rebouças – Psicanalista Clínico

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