Um grupo formado por aproximadamente 40 agricultores, comerciantes e moradores com propriedades localizadas ao longo da BA-549 (Florestal-Apuarema-Itamarí), esteve na manhã de sábado (09/3), reunido em Jequié, denunciando e pedindo apoio para uma situação que eles consideram de, “excesso por parte de fiscais da Agerba, apoiados por prepostos da Polícia Militar Estadual e da Polícia Militar, esta última nos trechos urbanos”. O grupo solicitou uma reunião com o deputado estadual Euclides Fernandes (PDT), da qual participou o vereador em Jequié e advogado Joaquim Caires (PMDB) e profissionais de imprensa, tendo sido feitos vários relatos de episódios ocorridos com essas pessoas nos quais são evidenciados, tratamento desrespeitoso, truculento e até humilhante, durante as autuações. Um dos agricultores afirmou que, “estamos ilhados, com medo de usar a rodovia em busca de um atendimento médico, de fazer uma compra ou de qualquer outra necessidade”. Outro disse que até mesmo automóveis, quando estão com mais de um ocupante, mesmo que seja um familiar, são autuados e multados. A maioria das cópias das multas apresentadas, é no valor de R$ 2.800. Foi relatado que essas pessoas tem suas propriedades ao longo de estradas vicinais, de difícil acesso, onde os ônibus intermunicipais das linhas regulares, não entram, daí a necessidade de usarem seus veículos próprios para fazerem os deslocamentos.
Deputado Euclides Fernandes sugeriu elaboração de documento com relato das ocorrências para ser levado às autoridades reponsáveis pelo setor
Um dos relatos apresentados enfatizou que parturientes, pessoas enfermas ou que necessitam fazer exames médicos, mesmo se tratando de um familiar, já resultou em notificação e multa do veículo no entendimento de estar sendo feito transporte remunerado. “Estamos aterrorizados, com medo, as abordagens são feitas sempre com desrespeito ao cidadão, às vezes de maneira debochada, com o uso de truculência”. Para os queixosos, dentro de pouco tempo não haverá mais condição de trazer as suas produções para serem revendidas nas feiras livres, “estamos sendo levados a retornar ao tempo em que tínhamos que andar 20, 30 quilômetros de pé, com os nossos produtos em lombo de animais”. Em tom enfático uma das pessoas, demonstrando indignação com os fatos ocorridos, exclamou, “estão retirando do morador da zona rural o sagrado direito constitucional de ir e vir”. Após ouvir reiteradas colocações de pessoas que apresentaram cópias de multas recebidas – das regiões da Fartura, Água Vermelha, Campo Largo, Emiliano, Rio Preto, Boqueirão, Serra de Areia, Rio do Antônio, Itiúba, Apuarema e Itamarí, dentre outras – o deputado Euclides Fernandes, comentou sobre a legislação estadual em relação ao transporte de pessoas e mercadorias, sugeriu ao vereador Joaquim Caires, na condição de advogado, para elaborar um documento minucioso com os relato das pessoas que se consideram prejudicadas, inclusive com as cópias das atuações, cujo documento, na presença de um ou dois representantes indicados por essas pessoas, será levado em audiência, ao secretário estadual de Infraestrutura, vice-governador Otto Alencar e ao diretor executivo da Agerba, Eduardo Pessoa, para que se pronunciem e determinem medidas legais que orientem com alternativas e que possam reverter essa situação de temor vivida por pessoas que moram e com o fruto do seu trabalho produzem mercadorias para o abastecimento das cidades. (Jequié Repoórter).
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