terça-feira, 6 de abril de 2021

'JEQUIÉ' FOI UM SONHO DO PRIMEIRO TURNO. BAHIA 2 X 0 JEQUIÉ.

                                                       A queima-roupa

Zé Eduardo a poucos passos do goleiro Edmilson, finalizou a queima-roupa, marcando o primeiro gol do Bahia, na partida de ontem, contra o Jequié. O atacante tricolor aproveitou-se de uma falha do goleiro jequieense, que não conseguiu segurar a cabeçada de Carlinhos, e muito menos, o chute de Zé Eduardo, como se vê na foto.

O goleiro Edmilson teve muito trabalho durante toda a partida, que foi realizada  em 05/07/1970 no Campo da Graça pelo Campeonato Baiano de Futebol.

Com a presença e o apoio de sua torcida, o Bahia venceu o Jequié, por 2 X0, no Estádio da Graça. O resultado teve o sabor de vingança para os torcedores, que no primeiro turno perderam, em Jequié por 2X1. A vitória tricolor foi fruto de melhor qualidade individual dos seus jogadores e da boa forma física q1ue o time possui. Mesmo sem um definido sistema técnico. O Bahia foi um quadro que teve mais virtudes do que erros. Seu adversário foi mais irregular em todas as suas peças. A falha mais visível residiu no meio-campo, onde os seus homens, Tanajura, Maíca e Chinezinho não souberam impor domínio, no primeiro tempo. O Bahia só teve praticamente um jogador - Baiaco – para trabalhar no meio-campo, Amorim foi muito mais zagueiro de que médio. Várias vezes foi visto como o jogador mas próximo do goleiro Jurandir. Além disso, Amorim está com aspecto de um atleta que se encontra em precárias condições físicas. Por outro lado, Zé Eduardo, o terceiro homem da armação, poucas vezes recuou para receber  a bola no centro do gramado. O seu erro estava sobrecarregando Baiaco, que só superou a recarga porque tem preparo físico fora do comum.

No segundo tempo, com uma torção no tornozelo esquerdo, Zé Eduardo foi substituído por Sanfellipo também recuado constantemente para vir buscar a pelota, carregando-a ou lançando-a ao campo contrário. Nesse período o Jequié procurou descontar o gol. Mas se mostrou inábil. Sua defesa continuou sendo ludibriada pelos atacantes tricolores, enquanto o ataque foi ineficiente nos lances decisivos.

O Bahia fez por merecer o placar de 1 X 0, no primeiro tempo gol marcado por Zé Eduardo, aos 39 minutos Edmilson não conseguiu segurar uma cabeçada de Carlinhos.

Antes do tento, o Bahia desfrutou de cerca de sete boas oportunidades para golear, entre Carlinhos, Zé Eduardo, Artur e Gijo. As duas únicas chances do Jequié ficaram por conta de Cafu e Dilermando.

O Jequié começou o segundo tempo tentando o empate. Suas ações além de desordenadas, não contavam com a participação de Chinezinho, que voltou contundido a campo e só foi substituído por Bajara, aos 23 minutos. Depois de uma breve pressão dos jequieenses, o Bahia voltou a controlar o jogo e se impôs no gramado. Amorim pela primeira e única vez, chegou a passar da intermediária adversária, aos 25 minutos, quando o tricolor já dominava amplamente. O segundo gol estava nascendo e ele teria sido marcado aos 43 minutos, se o bandeirinha Alberto Oliveira não tivesse apontado irregularidade no lance em que Carlinhos entrou, num cruzamento de Artur e mandou a pelota às redes. Aos 44 minutos, a bola bateu em Carlinhos quando se encaminhava para as redes, impulsionada por Sanfellipo. Somente no último minuto o gol foi assinalado. Sanfellipo cobrou falta, da esquerda, sobre a pequena área, Artur saltou, testando para o fundo da meta.

O Bahia jogou com Jurandir, Aguiar, Zé Oto, Adevaldo e Paez; Amorim e Baiaco; Gijo (Luiz Rodrigo), Zé Eduardo (Sanfellipo), Carlinhos e Artur. Jequié com Edmilson, Tufu, Carlinhos, Zé Augusto e Paiva; Maíca e Chinezinho (Bajara); Jorge Lima, Dilermando, Tanajura e Marcos. Arbitragem tranquila de Clinamulte França, Auxiliado por Alberto Oliveira e Américo Chaves. Renda de Cr$ 21. 435,00 (excelente), com um público de 3. 563 pagantes. Na preliminar, entre amadores, o Bahia goleou o Botafogo, por 5 X 1. (Jornal A Tarde - Matéria do arquivo de Dilermando)

Nenhum comentário:

Postar um comentário