Havíamos prometido que
no final do primeiro turno, comentaríamos sobre a atuação da ADJ, numa análise
sincera e sobre tudo honesta de como sentíamos a presença do time local no
certame baiano de futebol.
Iniciando o certame, notava-se
que continuava a existir no time um espírito amadorismo que contribui muitas
vezes, mas que chega também a prejudicar, quando levado ao extremo, como se
podia notar.
Nos bancos de reserva
nem só o técnico trabalhava. Muita gente, que nada tinha com o “negócio”
orientava o time e isto, para quem tem bom senso, não ajuda, atrapalha.
Enquanto a ADJ vencia, - por sorte, absolutamente – todo mundo batia palmas.
Mas, quando os adversários sentiram nossa falta de estrutura e foram
aproveitando, como o Bahia, como Ilhéus, como Leônico, como Conquista, e
outros, fazendo com que perdêssemos preciosos pontos na tabela, alguém foi
entregue aos leões: Maneca Mesquita.
Contrataram novo técnico.
Mudanças foram efetuadas no Jequié chegou ao final do terceiro lugar, colocação
que para um modesto time do interior e deveras brilhante. Poderíamos obter
melhor colocação, não fossem as derrotas sofridas e lamentavelmente a contra o
Leônico, que por certo mereceu a “exdegola” do técnico Maneca. Contratado
Enaldo Rodrigues taticamente se estruturou o quadro, aproveitando Zé Augusto e
Rabelo, dois homens positivamente craques de uma mesma posição, mas de que, sob
a orientação de Enaldo foram lançados juntos, louvando a performance de Zé
Augusto que já estava sendo atirado as feras, inclusive por nós próprios, já
que o assistíamos como eterno sacrificado de um time sem estrutura, sem base,
sem preparo técnico e físico.
Ao que nos parece, os que Maneca deixou como “mandões”,
do nosso futebol não chegaram mais a incomodar, permitindo que Enaldo
trabalhasse como devia fazê-lo haja vista para a radical transformação no
esquema do time, que, nos primeiros empates sob a sua orientação não permitiu a
penetração do ataque adversário, fechado com o homem praticamente na sua
defensiva. Com o Ipiranga, ontem, Enaldo deu mais asas aos meninos e conseguimos
vencer o jogo, mais, sobretudo, preocupado com a retaguarda. Então, se observou
nos três encontros que Enaldo dirigiu uma base, uma estrutura tática e um
esquema técnico, isto evidentemente nos estava faltando... Mas, ao encerrar o
primeiro turno, que quando poucos dias nos esperam para o próximo combate,
haveremos de deixar patentes do aqui, neste comentário despretensioso, um
agradecimento sincero aos que, direta ou indiretamente ajudaram o nosso clube,
principalmente o ex-técnico Maneca, que, malgrado seus erros, sempre foi um
homem que procurava acertar e sobretudo, que Jequié deve muitas alegrias. Vamos
abrir uma campanha agora. Vamos convocar todos os jequieenses para ajudar o
nosso clube. Teremos forçosamente de adquirir novos jogadores e obviamente
teremos de dispender dinheiro. Que cada qual sem prejuízo de seus orçamentos,
colabore com a ADJ. Vamos sugerir que os diretores procurem as escolas
primárias, os colégios secundários e científicos e peça a cada aluno que
ofereça Cr$ 0,50 (cinquenta centavos). Vamos pedir a cada jequieense que nos
ajude porque o segundo turno está aí nas portas, e se continuar Enaldo
orientando o time, recebendo o apoio da diretoria e os jogadores compenetrados
de suas responsabilidades, vamos marchar para grandes conquistas.
Mas lembrem-se: deixe o
técnico trabalhar. E não metam o bedelho onde não é chamado... (
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