Professor Jorge Barros
Dia
25 de outubro, Jequié completa 123 anos de emancipação política e história.
Muito tempo, mas parece que foi ontem. 25 de outubro de 1897, segunda feira, os
laços políticos que prendiam Jequié a Maracás são definitivamente cortados.
Independência, ainda que tardia! Estabelecendo a linha do tempo (a inexorável e
temível linha do tempo) para essa história, tudo começa com a bravura do grande
inconfidente José de Sá Bittencourt, que fundou a Fazenda Borda da Mata, que
por sua vez deu origem ao município de Jequié, que por sua vez construiu a
Praça Rui Barbosa. E, por falar na independência de Jequié, impossível esquecer
o nome do grande Lindolfo Rocha, mineiro da cidade de Grão Mogol, que muito se
empenhou para que ela (a independência) fosse conquistada. Mas, de lá pra cá,
quantas transformações ocorreram? Quantos políticos passaram por estas terras?
Quantas paisagens urbanas foram construídas? Quantas casas e praças foram
edificadas e, depois, reformadas para melhor ou para pior? Não se sabe
exatamente. Mas uma praça, a Praça Rui Barbosa mais precisamente, sempre é
lembrada desde a sua construção e inauguração; a história tem registrado isso.
A foto desta coluna mostra uma Praça Rui Barbosa linda, silenciosa, em sintonia
com a natureza, limpa, sem as cores da violência, humana, bucólica, verdejante,
poética, infantil... Velhos tempos que não voltam mais! Quem viveu esses
tempos, quem transitou por essa Praça, quem brincou naquele parquinho, quem foi
importunado por “lacerdinhas” que sujavam tecidos de cor amarela, quem se
sentou em algum daqueles bancos, certamente volta ao passado. Certamente faz
uma viagem pelo túnel tempo e traz à memória os seus oito anos; anos bem
vividos em um universo lúdico e puro. Um universo sem erotização, pornografia,
violência, drogas, ideologia de gênero, agenda LGBT infantil, brinquedos
eletrônicos... O poeta Cassimiro de Abreu faz-nos recordar esses tempos de
infância na velha Praça Rui Barbosa através de seus versos; tempos que nunca
mais retornarão. Cassimiro de Abreu: Oh! Que saudades que tenho/ Da aurora da
minha vida,/ Da minha infância querida/ Que os anos não trazem mais!/Que amor,
que sonhos, que flores,/ Naquelas tardes fagueiras/ À sombra das bananeiras,/
Debaixo dos laranjais!/Como são belos os dias/Do despertar da existência!/ -
Respira a alma inocência/Como perfume a flor... Livros e filmes indicados nesta
coluna. Livros: 1 - Sonetos Remanescentes. Pacífico Ribeiro. 2a ed. revista e
acrescida. Salvador/BA: EDIÇÕES ARPOADOR, 2009. 2 - Fatos Pitorescos da Cidade
Sol. Raimundo Meira. Jequié/BA: -, 2007. Filmes: 1 - Num lago dourado (1981),
dirigido por Mark Rydell. Com Katharine Hepburn, Henry Fonda, Jane Fonda e
grande elenco. Filme Premiado com 03 Oscar da Academia de Cinema: ator – Henry
Fonda (seu único Oscar e último filme), atriz – Katharine Hepburn (o quarto
Oscar de sua carreira) e roteiro adaptado. Um grande drama familiar com grandes
astros da sétima arte. 2 - Roma, cidade aberta (1945), dirigido por Roberto
Rossellini. Com Anna Magnani no papel principal. Filme que aborda a ocupação
nazista em Roma, Itália, e a luta dos italianos contra os inimigos invasores.
Filme vencedor do Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes. Um grande marco
do Neorrealismo Italiano. (Junior Mascote)
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